terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Mesmo sem entender, ela sabia que a imagem dele saindo do banheiro sem camisa, fitando-a com amor jamais seria esquecida. Ficou.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dizem que a depressão é uma doença invisível. Para mim nunca foi. Ela é tão monstruosa que às vezes sinto que posso pegá-la na mão. 
Dizem também que depressão se supera, discordo. Aprende-se a viver e controlá-la, é uma doença crônica que, vezes vai, vezes vem. Não que haja harmonia entre nós, muito pelo contrário, mas a obrigação e a vontade que tenho de viver me força a encontrar um caminho em que possamos andar juntas.
Se estou melhor? Sim, estou. Mas a depressão é traumática, deixa marcas, feridas, dores que eu sei que nunca vão sumir. Não adianta falar que vai passar e vou esquecer, infelizmente eu sei o buraco que surge quando descobrimos o que é sofrimento, o que é bem diferente de sentir tristeza.

Depressão é saber que está errado, mas não saber qual é o erro.

Eu não sei onde está o erro. Mas sei que está errado.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Hoje faz um ano que comecei meu tratamento. Tive altos e baixos, mais baixos para ser sincera. Hoje me sinto desanimada, na estaca zero, a solidão e a angústia continuam aqui, em alguns momentos pareciam ter sumido, mas não, elas continuam aqui. Triste.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

É porque eu não sinto.
Não é por saudade.
Não é dor.
Não é por problemas. Ultimamente não ando chorando pelos meus problemas.
Eu choro porque não sinto direito, desaprendi a sentir?
É angústia. Angústia de não saber o por quê. Por que acho que não é dor, mas também não sinto refrigério.
Eu não sei.
Posso ser tudo, mas eu não sei.
Assim, não adianta ser.