sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

As melhores roupas estão no brechó
As mais lindas pinturas estão na pele
O choro mais sincero é o de alegria
O melhor da vida ninguém conhece
A pior culpa é a que não tem cura
O melhor desejo é o que dá medo
A melhor morte é a de amor





quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

De forma bela, envelheço.
Uma alma sofrida, meses angustiados, mas a beleza, sempre a beleza.
O que é imoral? O que é errado, afinal? Eu posso tudo, eu faço tudo o que quiser.
Eu cheguei no fundo, e agora eu sou livre para tudo. Eu sou livre para mim.
Não casual para o mundo, eu ando, e ando, e ando, e escuto críticas e pássaros, elogios e latidos.
Minha alma às vezes morre porque dou a ela esse direito. Descansa, alma, e depois volta para corrermos por aí, porque vocês sabem, o mundo não acompanha minhas mutações, minhas lagrimas, meus sorrisos. 
Eu sou misteriosamente simples.  

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Um bom tempo passou. Mesmo assim, ao abrir o notebook para escrever este texto minhas mãos se retraíram e admito, foi difícil começá-lo. Mas não tão difícil quanto foi me desprender de você, foram dias caóticos, semanas em que tentava entender o por que de você, assim como um parente distante que chega e passa um tempo na nossa casa, vai embora e a vida continua sem nenhuma cerimônia.
Eu nunca entendi, desisti de entender por amor a mim mesma,  e que por mais apaixonadamente amava, precisava me colocar em primeiro lugar, e não pense que isso é fácil, eu precisei abrir um buraco no peito para fazer isso, não me arrependo, nunca vou me arrepender, mas hoje escrevendo pela primeira vez sobre você, esse buraco ainda não sumiu, e sim, ele dói.
Não penso mais em você todos os dias, todas as horas, todos os minutos, mas quando o faço, imagino se você tão longe, em todos os aspectos,  se lembra de mim quando vê a foto de algum esquilo na internet, se sente nem que seja lá no fundo um leve aperto no peito ao ouvir meu nome. Não adianta, a minha aparência, pela qual você se apaixonou, não é maior que a mulher apaixonada que posso ser. Mas então lembro-me de um clichê: o tempo é o melhor dos remédios, mas contesto em algumas partes deste ditado popular. Aceito que o tempo tenha me feito enxergar quem você realmente é, aceito que ele seque minhas lágrimas, aceito que ele te leve, e que ele me traga. Mas não aceito que ele apague meu amor por você, pois te amei com a sinceridade e voracidade que sou e não preciso te odiar ou ser apática a sua existência só porque não somos mais "nós" e sim "você e "eu".
Eu te amo. Independente de qualquer coisa, amar é lindo, e amar de verdade é mais lindo ainda. Hoje entendo que as lágrimas, a dor, os escândalos, os gritos, as brigas, os pedidos, não eram por amor, eram por posse. Não me crucifico por isso, quando amamos temos essa mania de achar que somos donos, sendo que mal somos donos de nós próprios.
Enfim, não se prejudica quem ama, e sim aquele que não sabe receber o amor. Por isso continuo amando você e todas as poucas pessoas a quem eu disse uma vez na vida que amava. Se disse, era verdade, e a verdade não muda.
Eu desejo que você ame muito, com todo seu coração e que um dia possa se sentir pleno em amar sem restrições. Eu quero que você entenda a importância que é amar alguém, o quão delicado é dizer que ama, que você entenda que amar é diferente de gostar, é uma dádiva.
Amar é pensar em alguém e amá-la sem querer nada em troca.
Eu te amo, mas não te quero.


domingo, 19 de janeiro de 2014

Desprevenida, sinto sua mão segurando meu braço, ouço sua voz claramente falando e olhando nos meus olhos, seu rosto está aqui me encarando com seus pequenos olhos castanhos. É tão real. Você me invade às vezes, e nisso não consigo evitar a pergunta: será que também te invado? Nem que seja em imagem ou uma leve pontada na memória, no peito, na mente.
Sou egoísta. A partir do momento em que olho para o mundo e desejo que ele seja do meu modo, sou egoísta. Sou, porque o mundo é muito maior que eu, e não que eu tenha que me adequar aos seus chatos padrões culturais de onde vivo, mas não posso julgar quem o faz como errado, mesmo me irritando profundamente.
Sou um caos, logo, meu mundo também é. E não posso julgar minha bagunça interna pela bagunça do mundo. A bagunça é minha, não dele.
O mundo apenas me sede o lugar para existir, o que acontece nele, não é sua culpa, e sim minha.
Minhas atitudes, minha grosseria, minha insistência, meu modo de agir é que faz o caos.
Olhando pela janela, se eu fico ao menos cinco segundos sem pensar, o mundo é parado. Quando volto a pensar, ele passa a se mexer. E eu quero que se mexa da minha forma, no meu compasso, por isso sou egoísta. Não são egoísta com ninguém, mas sou com o mundo, ou seja, sou a egoísta da pior espécie.
Ai que mundo parado, não consegue acompanhar minhas mutações...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O meu defeito é que sou excessiva demais.
Talvez eu tenha ficado velha muito cedo.
Talvez se eu falasse menos, pensasse menos, enxergasse menos.
Talvez se eu fosse mais bonita, mais menina, mais inocente .
Talvez se eu chamasse menos atenção, se eu fosse mais discreta, se eu fosse mais calada.
Talvez eu tenha dado muita risada.
Talvez eu tenha chorado demais, gritado demais.

Mas fui verdadeira e pra isso não existe talvez.
Se eu falar viro caco de vidro, se eu não falar viro agonia.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Brincar com a sinceridade é muito perigoso.
Um dia ela te pega de jeito, joga sal na tua ferida e ri da tua cara. 
Não subestime a verdade, achar-se superior a ela é a maior das burrices, um dia ela  enfia o dedo sujo na sua cara e te mostrar quem ela é.
Nesse dia não tenha medo, só tenha certeza de que ela é soberana. 
Amar é caos. Amar é lindo

Lindo como o mundo, que, mesmo caótico, deslumbra.
Amar a si mesmo é obrigação mas também é dádiva. Ame-se.

Mas ainda é pouco.Eu quero amar o mundo inteiro. Eu quero pensar em todas as pessoas que estão aqui nessa mesma dimensão e amá-las,
perdoando meus próprios pecados e assim perdoando o mundo.
É a regra: não ame e não perdoe se não pode fazer isso a si mesmo.

Quebrar-se em mil pedacinhos por amor é inefável porque dói, mas, prova que você buscou algo. E a busca é o segredo que não nos deixa parar.
Ter medo de amar é plausível, mas lutar contra essa medo é admirável, é coragem.
Somos movidos por amor, e não precisa ser eterno, apenas sincero.
Não tente. Busque.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Às vezes ela me pega sem jeito, numa sexta calorosa como a de hoje, ou então numa manhã fria, as condições climáticas não interferem em suas viagens.
Me desconcerta, tira dos eixos, me confunde. Eu tento dar um nome à sua visita, como cada feriado tem o seu, porque motivo, ela não tem. 
Invento situações extremas na minha cabeça, situações propositalmente doloridas para justificar sua presença. Algo que me dê o direito de estar em sua companhia.

Ela me faz dormir e ao mesmo tempo me deixa cansada, um cansaço inapropriado, fora de hora, fora de padrão.

Ela tem nome: tristeza. E é ela que me faz meramente louca e feliz.