segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O homem já foi pra lua à procura de vida. Quando vê alguém pedindo vida na rua, ignora.
O homem gasta sem critérios para preencher a cota do "ter", mas não preenche a cota do "ser".
Assistem muita televisão, dormem tarde e acordam cansados para vestir seus sapatos e financiar o banquete de outra pessoa 8 horas por dia.
Brigam e matam pelo futebol e quando chegam em casa, abraçam suas mães.
Trabalham por coisas valiosas e empobrecem seus valores.
Nascem para sobreviver, mas nunca vivem. Poluem seus próprios pulmões, jogam sua água no lixo.
Criam laços descartáveis.
O clichê é real. Respeitem seus pais, ame-os. Eles verão todas suas lágrimas. João Batista Vaz Celusa Moscardini Vaz
Cuide dos seus irmãos, eles são a terceira mão que você não tem. Lílian Moscardini Vaz
Abrace seus amigos, além de ser de graça, cura dores.
Diga que os ama, grite que são especiais.
Não sabemos até quando estaremos aqui.
Chore com eles, doe-se. Arrume mais tempo.
Não desista do amor, muito menos da paixão, estamos aqui para isso e por isso. Paulo Ricardo Matrone Larissa Rodrigues Natan Lourenço Garcia Ícaro Aragão
Sinta dor, mas sinta mais coragem para assumi-la e aceita-la.
Estamos onde deveríamos estar. Nosso caminho é um.
Beijos

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Não foi nada demais.
Foi só um jeito meio estranho de entender.
Não tem nada não.
Foi um movimento errado na hora errada.
Foram só algumas palavras.
Um desvio de olhar.
Acho que foi medo.
Tenho certeza que foi inveja.
Mas não tem problema não.
Foi algo jogado fora.
Deve ter sido um erro
Na viagem, não sei.
Pode ser algo que importou.
Mas deixa, não basta importar sozinho.

sábado, 15 de novembro de 2014

Ela não é incomum. Sua diferença é viver a realidade, enquanto a maioria, mente.
Chora sem saber o motivo, sua angústia não tem nome, sua fraqueza está no subconsciente.
Desnuda a alma para quem estiver interessado. Ela fala, fala da dor que sente.
Ela não pertence a ninguém, mas sente falta de abraços.
O abraço é a mais forte demonstração de carinho, amor e respeito que existe.
Mais que um beijo, uma transa, um telefonema.
Ela vive no mundo, exatamente como ele é, sem panos, sem ilusões. E sim, dói. O mundo é triste.
Os momentos são felizes, mas o mundo é amargo.
E ela chora.
Todos dias se pergunta "o que mais pode acontecer?" mas logo se lembra que nada tem acontecido ultimamente.
Sofre com o afastamento de algumas pessoas, é sua fragilidade.
Mas vence todo sofrimento sozinha, é sua coragem.
Não há quem diga que seja tão profundo, porque a maioria vive no raso.

Me tirou da sua casa com muito cavalheirismo. Me colocou no carro, e acertou as contas em frente à minha casa. Friamente, me colocou pra fora e saiu dirigindo, sem me olhar.
Eu procurei acalento nas palavras, e não em corpos. Sarei a carência falando. Não queria corpo algum. O meu já estava quente.

A saudade excita.

As palavras, mesmo que ásperas, são a melhor cura. Mesmo que sejam mentiras.
As palavras nos coloca onde devemos estar. Não nos deixa olhar para trás porque sempre precisamos falar para frente.

Até as que agridem, nos mostram a verdade. Aqueles que cospem agressões verbais, são sinceros. Sinceros na sua forma escrota de enxergar as situações.
Mas são sinceros.

Assim como a frieza que me colocou para fora do carro.
Verdade.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Eu não falo o que me vem a cabeça. Eu falo o que precisa ser dito.
Eu não ajo no impulso. Eu faço o que deve ser feito, na hora.
Eu realmente não penso duas vezes quando já tenho certeza de algo.

Eu enfrentei tudo com muita coragem. Às vezes acho que sou foda.

domingo, 9 de novembro de 2014

Eu poderia escrever de outra forma, usar outras palavras, apelidar meus problemas, minhas dores e minhas causas.
Mas não sei fazer.
Eu estava sentada na cama, isso há um ano, mais ou menos, e tinha um espelho do outro lado do quarto. Destruída. Naquele dia, prometi que jamais desistira de mim.
Mas aí vieram os remédios, as tesouras cortando meu braço, as convulsões, as internações, a agressão psicológica.
Desfiz a promessa. Foda-se a promessa.
Eu não sabia quem eu era, e ainda não sei.
Esses dias dois homens ao meu lado no trem, questionavam qual momento da vida descobrimos quem somos. Um apostou que aos 40 e poucos, já sabemos e terminamos a vida assim.
Senti vontade de interrompê-los e dizer que passamos a vida buscando uma identidade, e morremos sem achá-la.
Não escondi que o início de tudo foi o amor. Quer dizer, a falta de amor. Pois quem ama, não agride.
Mas o desenrolar da história, o amor ficou pequeno. Quase invisível diante de tudo que descobri sobre mim.
Eu quis morrer. E fiquei bem.
Eu quis viver. E adoeci.
Injustiças da vida que não aceito.
"Ah, Débora, pense menos, não seja tão emocional"

Não consigo, chorar me deixa bonita, e a tristeza é elegante.

domingo, 2 de novembro de 2014

A insônia é minha e ninguém tira

Faz dois anos, mais ou menos, cheguei a passar 3, 4 dias sem fechar os olhos. Sem exagero.
É perturbador estar com sono e não conseguir dormir. Quem sofre desse mal, entende bem o que estou falando.
Comecei com Rivotril, dose mínima, não adiantou, depois dose máxima, não adiantou também.
Então comecei uma busca (que ainda não acabou) para o bendito remédio que me daria uma noite cheia de bons sonhos. 6 remédios diferentes. Nenhum funcionou. O médico disse que meu organismo é muito resistente e meu psicológico mais ainda.
Chegou o Alprazolan, bendito seja, me fez dormir igual a bela dormecida nas primeiras semanas, mas, o efeito diminuiu e os problemas voltaram. Dobrei a dose, sou uma das poucas pessoas que tomam remédio para dormir de manhã. Durante um tempo funcionou, mas parou também.
Eis que surge a Carbamazepina. O médico me alertou: Débora, você vai dormir muito, mas não se preocupe, depois de duas semanas vai passar. Como tudo nessa vida, dei um Google, me deparei com centenas de depoimentos reclamando do efeito sedativo do remédio.
Tomei faz duas horas mais ou menos e o sono nem deu sinal de vida.

Aí admito, tenho uma invejinha de quem fala "ah, tomo metade de um rivo e durmo a noite toda".
Porque eu ainda estou esperando a industria farmacêutica me oferecer de fato, um sedativo.