quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sua fraqueza está exposta no seu modo de ser forte. Seu sorriso é falso igual sua personalidade.
Auto-confiança é ser indiferente e não odiar. Raiva é amar de outra forma, ter raiva é ser indiferente.
Suas ofensas são fortes e sem sentido.
É incrível o poder de ilusão que você tem. É tão inacreditável, que até você acredita nas suas mentiras.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Em todo lugar tem alguém pra te abraçar e te derrubar, te abrir um sorriso torto achando que você vai acreditar. Que acredite. Acreditei. Acreditamos.
Comi o pão que o diabo amassou, mas o castelo um dia cai e eu fugi do mausoléu.
Morri e nasci em outro lugar e nele você não existe.

Rima pobre

Pisa que eu cresço, é foda mas não pereço.
Minha alma que é oceano, não tem e nem quer sossego.
As pessoas que conheço, amanhã já vão embora, mas lá na frente me encontram de cabeça erguida com o coração pra fora.

Raiva é sinônimo de amar.
Não amar chama-se indiferença.

Cair é uma desgraça. E uma benção.
Como dizia Bucowski: "Algumas pessoas nunca enlouquecem. Que vida de merda elas devem ter." 
Ele sabia que a mesma força que te leva pro chão, te levanta depois.
Ele sabia que enquanto o sofrimento cresce, a gente cresce com ele.
Se eu pudesse dizer algo, diria pra você não ser forte todos os dias. Diria pra você chorar em público ao menos uma vez na vida. Diria pra você sentar na cama e deixar por um minuto a vontade de desistir tomar conta de você. Porque eu juro, isso não é fraqueza, muito menos pessimismo. Os fracos estão sempre de pé por fora e sempre caídos por dentro. Não queira isso pra você. 

domingo, 20 de outubro de 2013

É aquele dia. Só quero meus remédios e ir dormir. Não tem mais nada pra fazer, e não posso pensar, eu não posso porque pensar me mata. Eu só quero meus remédios e ir dormir. Me deixa aqui. Vou ficar bem. Eu sempre fico.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sim, eu chorei um oceano. Ainda choro, normalmente nas sextas- feiras a noite, elas me angustiam.
Eu sangrei minha garganta gritando um pedido de socorro em silêncio.
Eu pedi ajuda bem baixinho, alguns vieram, outros não.
Eu perdi os sentidos, quis sair daqui, do mundo, da terra, da vida.
Imaginei coisas horríveis. Me preservei quando pude, quando não, me machuquei. Quando me machuquei, também feri outras pessoas.
Carreguei, carrego ainda certa culpa por isso. É dor. Não queria fazer mal à quem amo.
Eu despi minha alma pra quem quisesse ver. Eu tirei a máscara. Me expus como nunca havia feito na vida. Mostrei meus defeitos e com isso, descobri qualidades.
Hoje, celebro minha conturbada identidade. Um brinde a quem sou. Dois brindes a quem está ao meu lado. E todos os brindes do mundo para quem soube me entender. O mundo é de vocês aproveitem, eu não o quero.
Ninguém me amou. Amaram meu cabelo, minha roupa, minha pele. Mas ninguém me amou.
É difícil me amar, porque ama-se o que vê e não o que é. Eu sou o difícil.
É mais fácil destruir um, do que construir para si.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Eu poderia passar a vida inteira escrevendo. Acabaria com todo o papel do mundo. Não falaria mais nada.
Só me expressaria com caneta e papel. Minhas opiniões, meus desejos, minhas vontades, meu tudo, anotados pra sempre, pra depois de um tempo eu reler e rir, ou, chorar.
Infelizmente, ou felizmente o tempo me faz desacreditar das palavras ditas, porque falamos sem pensar, e pra escrever, precisamos de um pouco mais de atenção.
Imagina um mundo onde não falássemos, onde o papel e a caneta fosse nossa única alternativa. Não consigo definir se seria engraçado ou triste.
Eu gosto de ouvir, mas gosto muito mais de ler. Qualquer pessoa pode me dizer o que quiser, e vou, é claro, receber as palavras. Mas quando alguém me escreve, é diferente, porque eu sei que a pessoa pensou antes de escrever, pensou em me abrir um sorriso, ou em me fazer chorar.
Eu poderia costurar a boca e parar de ser tão impulsiva nas palavras. Chego a ser ridícula.
Escrevendo eu sou mais inteligente.

domingo, 13 de outubro de 2013

Celebro minha conturbada identidade. Um brinde à quem sou! E um brinde à quem não soube me entender, o mundo é de vocês, eu não o quero.
A todo momento somos colocados diante de situações que nos dão a oportunidade de revelarmos o qual somos bons e fortes. A maioria desses momentos surgem que maneira fácil.
É quando podemos usar alguém para satisfazer uma carência particular, é quando podemos mostrar nosso trabalho de forma indigna passando alguém para trás.
É quando conscientemente sabemos que para estarmos bem, estamos deixando alguém mal.
E isso é tão fácil de se fazer, é tão simples, é morder a maçã.
Talvez essas pessoas se deem melhor na vida. Talvez aos olhos alheios sejam mais felizes, conquistem mais coisas. Eu realmente não sei.
Eu sei que o caminho de viver olhando menos pro umbigo é mais estreito, poucos passam.
Que sejam poucos, quase ninguém. Mas são esses que dormem em paz.

sábado, 12 de outubro de 2013

Deveríamos morrer um dia por mês. 24 horas de túmulo. Tenho certeza que dessa forma viveríamos muito mais, e muito melhor.
É preciso que eu aceite a turbulência que faz de mim o que sou. Preciso aceitar que não há obrigação fora a minha de ser compreendida.
Ser extremo e admitir é como se jogar do precipício mais alto do mundo. É saber que não pode mudar e principalmente saber, que a vida será mais difícil.
É ter consciência de que poucas poucas pessoas nascem assim e por tanto pode-se passar a vida inteira sem encontrar ninguém que entenda a destruição. A autodestruição.
Os gritos são mais intensos e o silêncio mais profundo. A alma é uma gaveta sem fundo.
Não há vergonha alguma em se expor e não há vergonha alguma em se isolar. Simplesmente não há vergonha alguma. Há certa autenticidade, vista como qualidade, mas pesada como um piano para quem a tem.
Há o mundo inteiro e suas pessoas magníficas e há a solidão.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Eu estou deitada. Ou andando. Ou no trem. Ou no trabalho. Ou na faculdade. Não importa.
Importa que o mundo está colorido e de repente uma facada me atinge e não enxergo mais nada. Não sou eu que sangro, é o mundo.
Esses momentos, que às vezes duram o dia inteiro, ou a semana inteira, me provam que o sorriso, as fotos, as lágrimas, as risadas não valem nada, porque ninguém sabe o inferno que o outro pode carregar no peito, na cabeça e no corpo.
Não são altos e baixos. São momentos de realidade, e a realidade é preta e branca.  O aperto no peito é por existir.
A gente fingia que era mundo. Mas na verdade vivíamos num circo. Chamávamos de mundo só pra camuflar as ilusões. Trabalhávamos e estudávamos só para passar o tempo, porque era tudo tão falso que nos fazia rir.
Eu até tentei ser a equilibrista, atravessando o picadeiro, mas tive que desistir porque sempre despencava. Contra a minha vontade me colocaram como a mulher das facas. Eu ficava presa numa parede enquanto um dos meus inimigos jogavam dezenas de facas em minha direção, ainda não sei como nunca fui atingida. Enquanto isso meus amigos lá nos balabares, se desdobrando para não deixar nada cair.
Minha amiga estava no contorsionismo, todo mundo aplaudia mas ninguém sabia o quanto era doloroso.
Por fim tinha o ilusionista, que fazia a platéia ficar de boca aberta com seus truques, enquanto nós nos bastidores nos questionavamos : como é que ele engana tanta gente? A farça é tão evidente.
A vida é realmente um circo onde o palhaço finge e chora.

sábado, 5 de outubro de 2013

Mas se vocês soubessem como é viver cheia de regras apenas para não morrer, enquanto sua cabeça brinca disso com você.
Se vocês soubessem o quão difícil é para uma pessoa como eu, seguir a linha reta mesmo querendo desviar, abrir um caminho destrutivo deixando mesmo que por engano as coisas mais fáceis.
Se vocês soubessem o quanto é difícil escolher o caminho correto e o quanto é esgotante permanecer nele. .
Se vocês soubessem o que é lutar todos os dias, para depois perceber que a luta não vai terminar tão cedo.
O que eu não daria para largar tudo, e me jogar em qualquer solução mais rápida, mais doente, mais perigosa, mais rápida.
Eu só quero que isso acabe, e sabe, estou cansada e no limite. Eu só quero ouvir um "vai ficar tudo bem" e ter força para acreditar.
Não quero me jogar no que não devo, não quero me destruir.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Que eu seja perdoada pelos meus escândalos.
Não percebia que feria a mim mesma, não enxergava que cuspia na minha própria cara.
Que eu seja perdoada por nem sempre me apresentar alegre, ou coisa do tipo. Há dias que para isso acontecer, teria que no mínimo tirar minha própria vida.
Mas que eu realmente seja perdoada por mim mesma, pelos valiosos momentos que não reagi, que não respirei, eu estava petrificada pela solidão e pela dor que só existiram para mim. (sobre a depressão)