domingo, 29 de dezembro de 2013

Carta para Paulo

Me lembro exatamente da primeira vez que te vi: de manhã, na faculdade. Você sentado encostado na parede com um lápis na mão, e, eu umas duas cadeiras atrás da fileira ao lado.
Ainda nas primeiras semanas de aula ninguém estava muito enturmado, mas, lembro que em uma aula X você disse: Aff, devia ter ido fazer aula de costura. Na hora pensei que você fosse gay, também por causa desse seu cabelo extremamente liso que até então eu não sabia que era natural, nasceu assim. Te invejo por isso, que fique registrado.
Foram-se formando pequenos grupos, e inicialmente não falava muito com você, mas, não sei exatamente em que momento desse primeiro ano começamos a matar aula para ir na doceria, éramos boas pessoas naquela época, risos...
Nos aproximamos e fomos estudar a noite. A doceria, obviamente foi trocada pelo bar. Bar do Toninho, que também fique registrado.
Ixi, aí perdemos o controle: bar, balada, praça, risadas, risadas, risadas, gargalhadas e mais gargalhadas.
Quantas histórias, quantos barracos. O assunto da segunda feira na faculdade: A BALADA DO SÁBADO.
Está tudo no off, porque convenhamos, são coisas que o mundo não precisa saber que fizemos. P-E-S-A-D-O.
A cada dia, sem perceber, nossa amizade de consolidava, se firmava, e eu já passava a te ver de forma diferente. Veja bem, tenho bons amigos e sou abençoada por isso. Mas comecei a perceber que podia de fato, confiar em você.
Fomos alvos de vários boatos, até hoje dizem que temos um caso, e temos mesmo, um caso de amor profundo. hahahahah Ai, me sinto uma personagem da Malhação com essas histórias. <3
Enfim, você esteve presente em diversos momentos importantes da minha vida,  poucas pessoas me conhecem tão bem como você.
Você conhece a Débora apaixonada, a Débora com ódio, a Débora fútil, a Débora burra, a Débora feliz, a Débora triste, a Débora escandalosa, a Débora humilde, e a trágica Débora por trás da máscara.
O mundo deu muitas voltas desde que nos conhecemos, mas em um momento o meu ficou preso lá embaixo. E eu desabei.
Hoje consigo enxergar a situação com mais clareza do que alguns meses atrás, sempre te chamei de anjo, e sem dúvidas, você é meu anjo.
Eu sei que tudo o que você pôde fazer por mim, você fez.
Você poupou meus ouvidos das más línguas, você me protegeu das fofocas e não exagero em dizer que você me protegeu da morte, você sabe disso. E eu sei que em muitos dias você engoliu sua dor para ajudar a carregar a minha. Eu absolutamente NUNCA na minha vida vou me esquecer disso.

Nunca.

Você procurou saber o que era uma depressão para me ajudar, orou por mim, me abraçou e principalmente, me ouviu. Não é a toa que os únicos números que tenho decorados em mente são o da minha casa, da minha tata e o seu. Às vezes tenho dó de você quando lembro das minhas sofridas ligações, sinceramente, eu não queria estar no seu lugar.
Eu tenho tanta, tanta, tanta coisa pra te dizer, que poderia escrever um livro ahahahahaha, sou muito grata por te ter ao meu lado.
No ano em que eu perdi a confiança nos seres humanos, eu tive você ao meu lado me mostrando que sim, ainda existem pessoas de caráter e com um coração lindo, mais lindo do que o mundo inteiro.
No ano em que tantos se afastaram, você se aproximou e da sua maneira não deixou que eu me sentisse desamparada.
Você é abençoado. Eu tenho absoluta certeza que em meio as dificuldades da vida, Deus vai te proporcionar muitas alegrias que farão tudo valer a pena, acredita em mim, Ele te olha.

Tudo isso é só para dizer: Obrigada.
Você nunca será só mais um amigo, só mais um conhecido, só alguém que passou.
Te quero por perto pra sempre, sei que fisicamente será impossível, mas em coração eu garanto.
Você não é meu amigo. Você é meu irmão e eu te amo, de verdade.
Você me carregou e ainda me carrega quando preciso. Minha gratidão não cabe dentro de mim, muito menos dentro deste texto, ela é do tamanho do mundo, mas principalmente maior do que a dor que só você sabe que carrego no peito.
Fica com Deus. <3

ps* publico no fb porque sou exposta, já discutimos sobre isso, me deixa em paz.
Com a dor e a alegria que cada situação mereça, que assim seja.
Intenso, mal pensado, bagunçado, jogado, escândalo, errado, certo, de qualquer jeito, mas, sincero.
Eu nasci pra isso.
Eu não tenho nada, mas eu quero tudo que permita que eu seja EU. Do resto, abro mão.
Que doa, que sangre, que seja insuportável, mas que eu aprenda a suportar.
Que seja lindo, apaixonante, amante, e que eu nunca tenha medo de amar.
Que eu ame. Que eu me ame cada dia mais.
Que haja paz.
Que eu continue difícil, só os difíceis me percebem. Nunca tive nada fácil.
Que eu vença, mesmo quando ao olhos dos outros eu esteja perdendo. Eu estou crescendo.
Que eu aprenda a engolir a fraqueza dos covardes. A vida ensina os ensina.
Que tudo seja forte, selvagem, humano, corajoso, livre e principalmente, belo

sábado, 28 de dezembro de 2013

Não sou reservada. Me exponho. 

Vocês não me julgam e eu lido com as consequências.
Sou um amontoado de fantasmas.
Normalmente surgem sem serem convidados a noite, no mais profundo do meu sono, e, o que seria céu, torna-se inferno.
Quando acordo eles ficam me rodeando durante todo o dia. Eu os odeio.
Com tudo, às vezes abro minha porta para eles, deixo-os entrar, faço um café, ofereço bolachas, e permito que façam minha alma sangrar.
Ah, eles me machucam de tal forma que não sei como suporto a angustia de tê-los tão perto de mim. Mas sei que não posso ignorá-los, eles existem.
Me fazem chorar, torturam. Mas preciso dar as caras e enfrentá-los pois fazem parte de quem sou.
Tem alguns tão velhos, e alguns novos.
Aprendi que eles devem ser aceitos, encarados e olhados. Olho no olho.
Faço isso e eles demoram mais para voltar.
São como inimigos que ignoramos e então perdoamos.
As feridas não saram, só secam. Não morrem, se afastam.
Todos temos nossos fantasmas, mas quando deixamo-os entrar e sentar à nossa mesa, eles vão embora com o pensamento: quem é essa garota que nos serviu café chorando? Em breve voltaremos para visitá-la.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Onde o imperfeito pode ser lindo.
Enxergar a beleza do estrago, do caos, da melancolia.
Porque o inferno é aqui e não temos outra opção.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Com a dor e a alegria que cada situação mereça, que assim seja.
Intenso, mal pensado, bagunçado, jogado, escândalo, errado, certo, de qualquer jeito, mas, sincero.
Eu nasci pra isso.
Eu não tenho nada, mas eu quero tudo que permita que eu seja EU. Do resto, abro mão.
Que doa, que sangre, que seja insuportável, mas que eu aprenda a suportar.
Que seja lindo, apaixonante, amante, e que eu nunca tenha medo de amar.
Que eu ame. Que eu me ame cada dia mais.
Que haja paz.
Que eu continue difícil, só os difíceis me percebem. Nunca tive nada fácil.
Que eu vença, mesmo quando ao olhos dos outros eu esteja perdendo. Eu estou crescendo.
Que eu aprenda a engolir a fraqueza dos covardes. A vida ensina os ensina.
Que tudo seja forte, selvagem, humano, corajoso, livre e principalmente, belo.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Então estou procurando emprego.
Além do currículo, portfólio e afins, algumas (quase todas) empresas pedem para você se descrever de forma breve e enviar no corpo do e-mail.
Já acho bem estranho, ninguém vai se descrever como realmente é.
Eu por exemplo, me irrito com essa mania das empresas porque nunca sei o que escrever. O que eles devem saber sobre meu profissional está no currículo e que me chamem para uma entrevista para saber como sou.
Sou colocada a prova quando preciso escrever essas 8, 10 linhas sobre mim, porque preciso mentir para escrevê-las.
Sim, todo mundo me diz: Débora, separe o profissional do pessoal do financeiro do sentimental da alma do corpo e do espirito santo, amém. Não consigo. Eu me vejo assim, como um negócio só, sabe?
Não sei separar nada de nada e a vida que me aceite ou eu que me f***. Ultimamente tenho me f***.
Se eu fosse sincera com as empresas, minha apresentação seria mais ou menos assim:

Olá, me chamo Débora. No momento estou na merda e copiando e colando essa apresentação para mais 13 vagas, sou super comunicativa, aliás adoro falar, me exemplifico para contar histórias normalmente difamatórias. Vivo dopada por remédios, mas nada que me atrapalhe, tirando os momentos em que tenho crises existenciais e choro como se não houvesse amanhã. Tenho uma elegância inegável para sentir, sinto tudo: alegria, tristeza, paixão, ódio, amor, raiva. Tudo isso em 10 minutos. Mas sei fazer um belo barraco, se for necessário, é claro.
Tenho muita força de vontade, ainda mais quando a coisa é do meu interesse.
Sou um vexame.
Obrigada


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Tarjas pretas, ópio, absinto, o que tiver mais.
Eu quero o mais forte, eu quero o que acaba, o que leva.
Se minha loucura te alcançar, me puxe pelo braço, me dê mais uma dose e vamos cair nesse abismo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sofrer por amor publicamente é poesia.
A mulher fica até mesmo elegante com o rosto escorrido de lágrimas sinceras.
Admitir que está doendo é coragem, as moças fracas logo vão colocando sua mini saia para dizer ao mundo que está tudo bem. Chega a ser cafona.
É bonito vê-las em um luto temporário, que sim, ela sabe que vai passar pois não é a primeira vez, talvez nem a última.
É bonito porque é humano.
As lágrimas são tão inspiradoras quanto um sorriso.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Almas rasgadas tão cedo. Roubaram a inocência intocável dos jovens, machucaram as mãos, os olhos, as pontas dos dedos, a boca, a língua.
Mataram-os.
Mataram-nos.
Mataram-me.
Nossos corpos intactos prontos para gozar. Nossa alma, ferida aberta.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Esquecíveis são as pessoas que abrem mão de qualquer coisa para manter uma farsa.
Sofrer publicamente chega a ser poesia, me reconheço como humana toda vez que vejo um homem chorando, uma mulher histérica ou qualquer coisa que faz parte de nós, mas que nos ensinaram que é errado demonstrar.
Quem se apresenta como é, é como deve ser. Esses sim, são inesquecíveis.
Descansa tua máscara. Que venham seus fantasmas, suas dores, suas mágoas.
Rasga a ferida e deixa doer. É preciso.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

É muita gente dispersa. O foco está errado. O caráter está destruído. Os sentimentos esquecidos.
Eu quero dinheiro e pra isso eu vivo.
Eu quero amor e por isso eu morro.
Estou morrendo.

Eu imagino a vida como um senhor sentado na praça apontando o dedo na minha cara e em crise de riso.
Eu estava petrificada.
Encolhida na cama, fazia um esforço absurdo para mudar de posição.
Lembro que sentia o celular vibrar ao meu lado e meu braço não se movia para atendê-lo. 
Não era uma fraqueza do corpo, e sim, da alma. Cada centímetro era dor.
Eu queria abrir a boca e pedir a Deus um alívio mas não conseguia, então, em pensamento clamava para ele com toda sua unipotencia, aliviasse aquela sensação nem que fosse por 5 minutos. Achava que nesse tempo teria um folego de vida que não me deixaria morrer depois.

Sobre a depressão

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Eu tenho alguns medos da vida, mas, nenhum supera a majestosidade desse dentro de mim.

Era janeiro, eu estava entrando no shopping,
PÁ! Não sei o por que, mas minha cabeça fotografou esse momento que mesmo hoje, em dezembro, poderia descrever cada loja e cada pessoa da minha fotografia mental. Na época eu não sabia, mas estava vivenciando um estado de felicidade plena. Plena. Não havia nem um pedacinho de mim que não fosse sorriso.
Eu lembro de ter olhado para frente e pensado no quanto eu tinha motivos para estar bem, feliz, estonteantemente sorrindo. Eu deveria ter dado mais valor à isso.

Meu maior medo é esse. De nunca mais ter a benção de sentir de forma tão completa a alegria.
Não, não sou triste. Sim, vivo muitos momentos de felicidade. Mas não plenos.
Fico em dúvida se, esse buraco que existe dentro de mim, por menor que esteja, vai impedir para sempre que eu tenha a honra de fotografar qualquer lugar com a mesma sensação, porque ao mesmo tempo que tenho a certeza de que essa pequena escuridão irá me acompanhar a vida inteira, às vezes penso que Deus irá me dar uma segunda chance de sentir essa plenitude de felicidade e, digo olhando pro céu que hoje eu daria muito mais valor à ela.

Na época eu não sabia que aquilo era um privilégio, achava que era assim porque tinha que ser assim. Porque eu sabia o que era tristeza, mas não o que era sofrimento.
Meu medo, meu maior medo é o saber, é ter a certeza de que essa plenitude existiu e passou pela minha vida e não  pude percebê-la e aproveitá-la mais e, hoje, depois de tantos estragos e de um caos pleno na alma ela não volta mais.
Não, não daquela forma. Não como aquele dia. Não como aquele momento.


sábado, 30 de novembro de 2013

Marina Lima - O Chamado [Full Album]

Então fui tomada por um sentimento de gratidão até então nunca sentido. Talvez porque quando criança, minhas férias eram no mato. Na roça. No meio da plantação de café e em meio as roseiras da minha vó. Pegar uma fruta do pé sempre foi algo natural, sempre fez parte. Mas hoje me enchi de gratidão por ter a oportunidade de ver uma semente transformando-se numa bananeira. Em sair daqui com a árvore seca e voltar e vê-la repleta de mangas maduras.
Isso começou na praia, semana passada, olhei pro mar de forma diferente imaginando quem estaria lá do outro lado olhando em minha direção. Nunca havia parado para pensar nisso, talvez porque nas outras vezes estava mais preocupada em fugir do sol.
Aqui em Minas sempre achei sensacional poder ver as estrelas, coisa que infelizmente não existe na minha amada São Paulo, mas, olhando hoje, as olhei de outra forma. Que lindos são esses pontinhos brilhantes no céu. Do que são feitas as estrelas? Cheguei a pensar que são as pontinhas dos dedos de Deus cutucando a vida das pessoas.
Até me mesmo o odiado capim me surpreendeu, como cresce rápido. Nunca tinha reparado.
E a roseira da minha vó que mesmo ficando meses sem cuidados não morre. Sempre que chego, tem uma rosa para me recepcionar.
A perfeição existe naquilo em que o homem não pode modificar, como as estrelas ou o capim.
A gratidão é surpreendente e eu não troco ela por nada.
Deus me carregou no colo em todo tempo em que desacreditei.
A gente se sente bem no momento em que deixamos de exigir que as pessoas nos entendam quando nem nós nos entendemos. É uma liberdade difícil de ser conquistada, eu ainda trabalho para alcançá-la. Desde 1989 fazendo bagunça com a mente.
Talvez a resposta esteja em procurar uma forma de conviver com nossos defeitos tão severos, mas de alguma forma não atingir ninguém com eles. É clichê falar que devemos prestar atenção mais nos outros. Mas não é clichê fazer isso de fato.
Afinal, há alegria na solidão? Vezes sim, naquela solidão por opção, necessária.
Mas na solidão do egoísmo só há dor em ambas partes: no que olhou pra si e não olhou pro outro, e no que foi invisível.
Hoje eu queria descobrir o por que de estar, o por que de fazer, e a quem eu posso ajudar? Meus referênciais morreram porque não aguentaram, quem sou eu pra dizer o que é o que pra alguém?
Frontal para dormir bem - dormir bem para não ter pesadelos- não ter pesadelos para não deprimir- não deprimir para não chorar- não chorar para acordar, levantar e viver. Afinal, a noite já passou. 
Consecutivamente.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Eu não penso duas vezes e não faço jogos.
A vida ensinou e graças a Deus eu aprendi, faço o que tenho vontade, e falo o quero com quem eu quero.
Sou louca, mas sou livre. Tenho uma conturbada identidade e me amo por isso.

domingo, 17 de novembro de 2013

A maioria das pessoas, que me conhecem de longe, me acham louca e eu gostaria de dizer que vocês estão certos. De verdade. Mas sou uma louca do bem, minhas loucuras são só pra coisas boas, prazeres e vontade de liberdade.

Nossa alma é cheia de coisas, quando achamos que está vazia na verdade só estamos procurando outras coisas, úteis ou inúteis, que nos acalmem ou que nos surtem.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Sempre entender a vida. Sempre aprender a amá-la como é. Para seguir em frente, para encará-la como um espelho, para poder abandoná-la, mas querer ficar.
Não adianta tentar explicar o que é acordar todos os dias buscando por um lugar para descansar. 
Existem pessoas que não entendem, elas têm necessidade de se sentirem vencedores, mesmo não sendo. Minhas tentativas em explicar não eram uma guerra, mas tornaram-se e você ganhou. Pronto, você ganhou. Você é o vencedor.  Esteja em paz.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Eu queria me matar. Queria muito. Mas não tinha coragem.
E não existe nada pior nessa vida do que você querer muito fazer algo e não ter coragem, nos sentimos fracos e com a sensação que deixamos passar uma oportunidade.
Não era diferente quando o assunto era a morte. Me sentia fraca e estúpida por não ter capacidade de realizar algo que queria tanto, um solução rápida com alívio imediato para todo meu cansaço.
Atravessava a rua esperando um carro me atropelar, esperava alguém me empurrar na linha no metrô, na chuva, torcia pro raio cair na minha cabeça. Dessa forma não seria minha culpa, seria acidente, e as pessoas perdoam o acidente, mas o suicídio é condenado. E para não carregar o julgamento pós morte das pessoas, preferia levar um tiro num assalto ao banco.
É, eu sei, o assunto é pesado. E é pesado porque ninguém fala sobre, ninguém tem coragem. Talvez se fosse abordado com mais clareza e menos sensacionalismo, pessoas que pensam hoje da mesma forma que pensei um dia, saberiam que não são as únicas, e só de saber que não é o único já é um piano tirado das costas.
Eu queria dizer que o tabu existe porque a maioria das pessoas são egoístas e não se colocam no lugar no outro, não pensam, não refletem no que se passa na cabeça de alguém para chegar ao extremo de achar que não vale mais a pena tentar. O tabu é o egoísmo.
Se esse tabu não existisse, e o suicídio fosse tratado de forma mais humana, mais pessoas teriam a oportunidade e a coragem de dizer que, por mais desesperador que seja viver, ainda vale a pena, e que o verdadeiro suicídio acontece quando as pessoas vivem no automático e se esquecem de viver o que querem para viver o que os outros querem. Existem milhares de mortos vivos por aí.
Sim, às vezes dói viver, é pesado. Mas também pode ser leve, e a cura existe, mesmo não sabendo onde ela está. Basta saber que ela existe.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Odeio quem deixa as coisas subentendidas.

Uma vez eu disse que não sabia disfarçar absolutamente nada. Eu não menti, eu realmente sou péssima nisso, minha cara entrega tudo e não sei ficar de boca calada, me da dor de barriga guardar as coisas.
Mas aí vem a vida, e nos endurece, e nos ensina o errado.
Me pego abrindo um sorriso dizendo que está tudo bem, e por dentro, lágrimas.
Maldito ensinamento da vida, eu não nasci para disfarçar, quero desaprender essa técnica já!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Porque amei alguém que não existia. Não sei se fui enganada, ou se eu mesma me enganei.
Mas aquele por quem suspirava, por quem esperava, por quem eu chorava, não era quem eu pensava.
Talvez eu o tenha inventado.
Tentei por muito tempo não saber que ele não existia, mas doía tanto, que a mentira me servia de conforto na hora de dormir.
No dia em que não pude evitar, foi como se o mundo tivesse desabado sobre mim. Sim, ele não existia. Ele simplesmente não existia nesse mundo, nem em outro qualquer. Eu tinha inventado um homem e agora não sabia como apagar.
Logo eu, louca, determinada e dona de si mesma. Inventei alguém para estar perto. Eu não soube lidar.
Hoje eu não sinto saudade dele. Nenhuma.
Sinto saudade do que inventei. Sinto saudade do que nunca existiu, e sentir falta do que não existe é estranhamente aconchegante.

domingo, 3 de novembro de 2013

O problema é que não é só isso. É que eu erro bastante também, sou desastrada. Falo tudo o que quero na hora errada e na hora certa.
O problema é que eu vivo tentando, até para desistir eu tento. Estou tentando desistir.
O problema não é só isso, o problema é que talvez eu seja assim, de verdade, sabe? Eu sou assim, isso aqui, e eu não tenho mais o que falar.


E quando percebo, o mal já veio sobre mim outra vez. É num piscar de olhos que a tristeza vai e depois volta.
Sempre sinto-a mais do que a alegria, e isso sim, me irrita. A alegria passa que nem vejo, vivo e nem lembro.
É como se eu tivesse que me refazer várias vezes ao dia. Preciso superar uma angustia repentina no meio da tarde, depois saber aproveitar uma alegria a noite, conseguir levantar de manhã com um choro no rosto.
Na maioria das vezes não consigo me acompanhar, e vivo assim, toda fora do ritmo.
Eu queria não pensar. 
É um dia, já no fim do ano. O mesmo ano que no início eu ouvia que hoje nem me lembraria de mais nada, ainda bem que nunca acreditei nisso, porque não só me lembro, como ainda vivo.
Um cheiro, um sábado ou uma terça, faziam da minha semana algo bem diferente do que vivo ultimamente.
São, dias, semanas, meses, meses, meses e mais meses indo deitar com os olhos inchados, as vezes com motivo, mas na maioria, sem.
É ter aprendido o preço que se paga por abrir a alma. Alguns admiram, muitos acham grotesco.
Ser menina, mulher...não importa o título que me caiba, mas o incomodo que causo por ser assim, de uma forma estranha que nem eu sei explicar. E se nem eu sei explicar, não tenho direito de exigir que me entendam. Eu sou uma confusão.
Aprender que a maioria das pessoas que te admiram, quando te conhecem mais de perto, continuam a te admirar, mas desistem totalmente da ideia de ser pouco parecida com você.
Acho que esse texto está soando um pouco egocêntrico, mas eu juro que não é a intenção.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sua fraqueza está exposta no seu modo de ser forte. Seu sorriso é falso igual sua personalidade.
Auto-confiança é ser indiferente e não odiar. Raiva é amar de outra forma, ter raiva é ser indiferente.
Suas ofensas são fortes e sem sentido.
É incrível o poder de ilusão que você tem. É tão inacreditável, que até você acredita nas suas mentiras.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Em todo lugar tem alguém pra te abraçar e te derrubar, te abrir um sorriso torto achando que você vai acreditar. Que acredite. Acreditei. Acreditamos.
Comi o pão que o diabo amassou, mas o castelo um dia cai e eu fugi do mausoléu.
Morri e nasci em outro lugar e nele você não existe.

Rima pobre

Pisa que eu cresço, é foda mas não pereço.
Minha alma que é oceano, não tem e nem quer sossego.
As pessoas que conheço, amanhã já vão embora, mas lá na frente me encontram de cabeça erguida com o coração pra fora.

Raiva é sinônimo de amar.
Não amar chama-se indiferença.

Cair é uma desgraça. E uma benção.
Como dizia Bucowski: "Algumas pessoas nunca enlouquecem. Que vida de merda elas devem ter." 
Ele sabia que a mesma força que te leva pro chão, te levanta depois.
Ele sabia que enquanto o sofrimento cresce, a gente cresce com ele.
Se eu pudesse dizer algo, diria pra você não ser forte todos os dias. Diria pra você chorar em público ao menos uma vez na vida. Diria pra você sentar na cama e deixar por um minuto a vontade de desistir tomar conta de você. Porque eu juro, isso não é fraqueza, muito menos pessimismo. Os fracos estão sempre de pé por fora e sempre caídos por dentro. Não queira isso pra você. 

domingo, 20 de outubro de 2013

É aquele dia. Só quero meus remédios e ir dormir. Não tem mais nada pra fazer, e não posso pensar, eu não posso porque pensar me mata. Eu só quero meus remédios e ir dormir. Me deixa aqui. Vou ficar bem. Eu sempre fico.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sim, eu chorei um oceano. Ainda choro, normalmente nas sextas- feiras a noite, elas me angustiam.
Eu sangrei minha garganta gritando um pedido de socorro em silêncio.
Eu pedi ajuda bem baixinho, alguns vieram, outros não.
Eu perdi os sentidos, quis sair daqui, do mundo, da terra, da vida.
Imaginei coisas horríveis. Me preservei quando pude, quando não, me machuquei. Quando me machuquei, também feri outras pessoas.
Carreguei, carrego ainda certa culpa por isso. É dor. Não queria fazer mal à quem amo.
Eu despi minha alma pra quem quisesse ver. Eu tirei a máscara. Me expus como nunca havia feito na vida. Mostrei meus defeitos e com isso, descobri qualidades.
Hoje, celebro minha conturbada identidade. Um brinde a quem sou. Dois brindes a quem está ao meu lado. E todos os brindes do mundo para quem soube me entender. O mundo é de vocês aproveitem, eu não o quero.
Ninguém me amou. Amaram meu cabelo, minha roupa, minha pele. Mas ninguém me amou.
É difícil me amar, porque ama-se o que vê e não o que é. Eu sou o difícil.
É mais fácil destruir um, do que construir para si.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Eu poderia passar a vida inteira escrevendo. Acabaria com todo o papel do mundo. Não falaria mais nada.
Só me expressaria com caneta e papel. Minhas opiniões, meus desejos, minhas vontades, meu tudo, anotados pra sempre, pra depois de um tempo eu reler e rir, ou, chorar.
Infelizmente, ou felizmente o tempo me faz desacreditar das palavras ditas, porque falamos sem pensar, e pra escrever, precisamos de um pouco mais de atenção.
Imagina um mundo onde não falássemos, onde o papel e a caneta fosse nossa única alternativa. Não consigo definir se seria engraçado ou triste.
Eu gosto de ouvir, mas gosto muito mais de ler. Qualquer pessoa pode me dizer o que quiser, e vou, é claro, receber as palavras. Mas quando alguém me escreve, é diferente, porque eu sei que a pessoa pensou antes de escrever, pensou em me abrir um sorriso, ou em me fazer chorar.
Eu poderia costurar a boca e parar de ser tão impulsiva nas palavras. Chego a ser ridícula.
Escrevendo eu sou mais inteligente.

domingo, 13 de outubro de 2013

Celebro minha conturbada identidade. Um brinde à quem sou! E um brinde à quem não soube me entender, o mundo é de vocês, eu não o quero.
A todo momento somos colocados diante de situações que nos dão a oportunidade de revelarmos o qual somos bons e fortes. A maioria desses momentos surgem que maneira fácil.
É quando podemos usar alguém para satisfazer uma carência particular, é quando podemos mostrar nosso trabalho de forma indigna passando alguém para trás.
É quando conscientemente sabemos que para estarmos bem, estamos deixando alguém mal.
E isso é tão fácil de se fazer, é tão simples, é morder a maçã.
Talvez essas pessoas se deem melhor na vida. Talvez aos olhos alheios sejam mais felizes, conquistem mais coisas. Eu realmente não sei.
Eu sei que o caminho de viver olhando menos pro umbigo é mais estreito, poucos passam.
Que sejam poucos, quase ninguém. Mas são esses que dormem em paz.

sábado, 12 de outubro de 2013

Deveríamos morrer um dia por mês. 24 horas de túmulo. Tenho certeza que dessa forma viveríamos muito mais, e muito melhor.
É preciso que eu aceite a turbulência que faz de mim o que sou. Preciso aceitar que não há obrigação fora a minha de ser compreendida.
Ser extremo e admitir é como se jogar do precipício mais alto do mundo. É saber que não pode mudar e principalmente saber, que a vida será mais difícil.
É ter consciência de que poucas poucas pessoas nascem assim e por tanto pode-se passar a vida inteira sem encontrar ninguém que entenda a destruição. A autodestruição.
Os gritos são mais intensos e o silêncio mais profundo. A alma é uma gaveta sem fundo.
Não há vergonha alguma em se expor e não há vergonha alguma em se isolar. Simplesmente não há vergonha alguma. Há certa autenticidade, vista como qualidade, mas pesada como um piano para quem a tem.
Há o mundo inteiro e suas pessoas magníficas e há a solidão.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Eu estou deitada. Ou andando. Ou no trem. Ou no trabalho. Ou na faculdade. Não importa.
Importa que o mundo está colorido e de repente uma facada me atinge e não enxergo mais nada. Não sou eu que sangro, é o mundo.
Esses momentos, que às vezes duram o dia inteiro, ou a semana inteira, me provam que o sorriso, as fotos, as lágrimas, as risadas não valem nada, porque ninguém sabe o inferno que o outro pode carregar no peito, na cabeça e no corpo.
Não são altos e baixos. São momentos de realidade, e a realidade é preta e branca.  O aperto no peito é por existir.
A gente fingia que era mundo. Mas na verdade vivíamos num circo. Chamávamos de mundo só pra camuflar as ilusões. Trabalhávamos e estudávamos só para passar o tempo, porque era tudo tão falso que nos fazia rir.
Eu até tentei ser a equilibrista, atravessando o picadeiro, mas tive que desistir porque sempre despencava. Contra a minha vontade me colocaram como a mulher das facas. Eu ficava presa numa parede enquanto um dos meus inimigos jogavam dezenas de facas em minha direção, ainda não sei como nunca fui atingida. Enquanto isso meus amigos lá nos balabares, se desdobrando para não deixar nada cair.
Minha amiga estava no contorsionismo, todo mundo aplaudia mas ninguém sabia o quanto era doloroso.
Por fim tinha o ilusionista, que fazia a platéia ficar de boca aberta com seus truques, enquanto nós nos bastidores nos questionavamos : como é que ele engana tanta gente? A farça é tão evidente.
A vida é realmente um circo onde o palhaço finge e chora.

sábado, 5 de outubro de 2013

Mas se vocês soubessem como é viver cheia de regras apenas para não morrer, enquanto sua cabeça brinca disso com você.
Se vocês soubessem o quão difícil é para uma pessoa como eu, seguir a linha reta mesmo querendo desviar, abrir um caminho destrutivo deixando mesmo que por engano as coisas mais fáceis.
Se vocês soubessem o quanto é difícil escolher o caminho correto e o quanto é esgotante permanecer nele. .
Se vocês soubessem o que é lutar todos os dias, para depois perceber que a luta não vai terminar tão cedo.
O que eu não daria para largar tudo, e me jogar em qualquer solução mais rápida, mais doente, mais perigosa, mais rápida.
Eu só quero que isso acabe, e sabe, estou cansada e no limite. Eu só quero ouvir um "vai ficar tudo bem" e ter força para acreditar.
Não quero me jogar no que não devo, não quero me destruir.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Que eu seja perdoada pelos meus escândalos.
Não percebia que feria a mim mesma, não enxergava que cuspia na minha própria cara.
Que eu seja perdoada por nem sempre me apresentar alegre, ou coisa do tipo. Há dias que para isso acontecer, teria que no mínimo tirar minha própria vida.
Mas que eu realmente seja perdoada por mim mesma, pelos valiosos momentos que não reagi, que não respirei, eu estava petrificada pela solidão e pela dor que só existiram para mim. (sobre a depressão)

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Sabe aqueles machucadinhos do dia a dia? Quando a gente esbarra em algo, corta a mão sem querer na hora do almoço, leva uma arranhada do cachorro...enfim, tudo vai cicatrizando e a gente deixa lá para sarar. Mas, num movimento involuntário, normalmente quando estamos dormindo, arrancamos a casquinha e adeus cicatrização. Começa do zero de novo.
Eu tenho um monte desses dentro de mim, quando a lágrima cai, nem sei por qual machucado é.
A gente já nasce mascarado. Não sei como, já pensei e tentei arrumar justificativa, mas não encontrei.
É questão de sobrevivência, dizem. Você é falso, eu sou falsa. Nossas roupas, nossos sapatos, nossos olhos, nossa pele, nossa faculdade, nosso trabalho, nosso cabelo, nossas mãos, nosso sorriso e nosso choro, são de plástico.
Um dia, não importa quanto tempo demore, a vida faz a máscara cair e nos dá a escolha de colocá-la ou seguir sem ela pra sempre sem volta e sem súplica.
Desesperadamente escolhemos ficar com ela. Porque um segundo de realidade é angustia.
Não que esteja livre das plastificações da vida, tenho várias fisicamente e mentalmente também, mas, um dia que nem faz tanto tempo assim, eu tirei a máscara. Caí em dor.

Mas quem me vê percebe, ela pode tudo agora que já não tem mais jeito.


domingo, 29 de setembro de 2013

sábado, 28 de setembro de 2013

Rir do futuro como se ele não existisse.
Como se eu fosse acabar amanhã.
Enquanto eu idealizar um futuro, eu espero por ele.
E, sabe, cansei de esperar. O futuro não existe para os ansiosos, ele só é sonho.
O que me move é meu medo infinito de viver não sendo quem sou.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Você é a melhor pessoa da minha vida. Mas só enquanto eu servir para algo.
E você procura e procura uma resposta, quer algo para se apegar, procura algo que diminua a angústia.
E depois de tempos, descobre que nada disso existe.
Que a vida é isso mesmo, sem resposta para nada, sem certeza nenhuma, sem volta. E é só isso mesmo, e estamos aqui por isso, por não saber o porque.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A tristeza vicia.
E a culpa não é dela, nem dele. É nossa.
A tristeza não mata. Quem mata é a angústia de não entendê-la.
A tristeza faz parte, mas quando é fase e não vício.
E a fase nos leva à felicidade. A felicidade não vicia, mas nos tira do vício. Cura.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Então eu fiquei dias e dias pensando: mas meu Deus do céu, não é possível que eu seja tão paranoica.
Será que os outros também não pensam as mesmas merdas que eu? Será que sou tão anormal assim?
Eu olho pra alguém na rua e penso: é ela, só pode ser, ela é mais bonita que eu. Logo depois esqueço.
Eu vejo um homem no metrô com cara de Afeganistão e penso, é homem bomba, vou ficar do lado dele porque quero explodir. Eu vejo uma grávida e quero engravidar também, não ficaria sozinha nunca mais, mas depois dou risada e penso: credo, Débora, mas que nível de carência medíocre.
Eu vejo um casal em horário de pico se beijando na rua e tenho certeza que estão traindo seus respectivos companheiros, mas só quando é horário de pico.
Eu fixo o olhar nas pessoas no trem e mentalmente troco a roupa delas, pro ambiente não ficar tão insuportável, então volto pra realidade e a pessoa está me olhando com aquela cara de assustada e provavelmente pensando: o que essa menina tanto olha pra mim? Se eu pudesse me explicar, só pediria pra ela trocar o sapatenis. Como escreve sapatenis? Sapatênis? Sapa Tênis? Ai enfim, é tão horrível que nem sei escrever o nome disso.
Eu leio todos o horóscopo de todos os signos como se fossem meu, mesmo não acreditando nesse troço, sempre tem algum que diz que algo vai dar certo, mesmo se não for o meu, me apego naquilo. E, mais uma vez dou risada de mim mesma. Que nível, né? Devem ser os remédios.
Eu quero sair, mas penso; e se a merda ficar pior do que já está? Esquece, melhor ficar em casa. Mas se ficar em casa der merda? Melhor eu sair.
Eu não sei, mas dá muito trabalho viver. Eu queria só existir.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Eu gosto do espontâneo. Quem pensa muito antes de falar não me convence.
O verdadeiro parece ter ficado para trás, mas quem sempre anda na frente não tem referência.
Preciso de pessoas diretas. Odeio jogos.

sábado, 14 de setembro de 2013

Eu realmente não entendo o espanto e recriminação de certas pessoas que dizem que exponho meus momentos difíceis no facebook.
Enquanto isso essas mesmas pessoas estão expondo suas maravilhosas viagens, seus maravilhosos passeios, expondo como sua vida é boa e melhor que a de todo mundo.
Meus amores, ninguém vive só de alegria. Eu também posto meus bons momentos e ninguém reclama.
Respeito os que são mais reservados. Mas eu não sou assim, nasci escandalosa. E escrever me faz bem. Seja no facebook, ou nos meus cadernos que não mostro à ninguém.
E tem outra, existe um botãozinho mágico que clicando nele vocês me excluem.
Não posto nada para me vitimizar, nem para me vangloriar. Essa é a minha vida. Boa e ruim.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Quem foi que disse o que é vencer na vida? Quando foi que inventaram o certo e o errado? O que é o vulgar? O que é inaceitável? Por que eu não posso isso ou aquilo? Quem disse o que é ser inteligente? Quem definiu o que é normal?
Às vezes é muito chato existir.
Se soubéssemos o quão fina é a linha que nos separa da loucura, já teríamos pulado e nos entregado a ela a muito tempo.
A vida é um cabo de guerra. E eu não sei como me manter no meio. Nem pra lá, nem pra cá.
Essas sextas eram as minhas preferidas. Quentes.
Sempre convidativas à um bar, à uma conversada jogada fora,  à uma volta na paulista ou à um beijo apaixonado.
Risadas. Muitas risadas vindas de todos os cantos, muitos passando pela rua e parando pra dar um abraço, um "oi". -Senta, toma uma com a gente.
Toda sexta quente era assim. Eu amava.

E existem coisa pior que uma sexta quente? Aquelas que você está em casa e se pergunta, pra que tanto calor? Pra que essa obrigação de se divertir?
Venha segunda.
Sextas quentes me deixam infeliz. É essa música vindo de longe, mas que não me deixa dormir. É esse vai e vem de carros. É vazio. É querer o silêncio, é querer o só.
Toda sexta quente é assim. Eu odeio.

domingo, 8 de setembro de 2013

Fala-se tanto de padrão estético, da ditadura do corpo perfeito, e eu concordo, tem que falar mesmo, porque é inaceitável viver infeliz por causa de um padrão.

Mas, pouco se fala da ditadura de pensamentos, de ideias e do modo de se falar.
Eu não quero, nunca quis impressionar ninguém, muito menos assustar, aliás, eu que me assusto quando falo sobre algum ideal de vida incomum na sociedade e as pessoas ficam chocadas. Não vou ser hipócrita em dizer que não luto por uma vida financeira melhor, é pra isso que estudo e que trabalho, mas, graças a Deus amo o que faço. Mas eu não preciso pensar duas vezes para optar por uma vida mais humilde e com paz na hora de dormir e de acordar, do que viver estressado por causa de chefe, de trabalho e da bosta toda só para suprir desejos consumistas.
Me assusta também quando falo alguma coisa, e alguém comenta que sou muito  ''bocuda'' que devia falar com mais delicadeza. Já ouvi até que pareço homem falando. HAHAHA eu achei engraçado. Mas mesmo achando engraçado, não entendi direito, em pleno 2013 ainda existe a forma correta de uma mulher se expressar e a forma correta e LIVRE do homem de expressar?
Essas regras de comportamento, de perfeição, de ser educada. Não entendo o que é educação para algumas pessoas, em casa não pode falar palavrão, mas na rua não solta um OBRIGADO pro porteiro.

Ou seja, está tudo errado.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Eu falo.
Mais do que devia, eu sei.
Mas, eu falo.
Sempre há aquele momento que solto alguma coisa e todos me olham com os olhos arregalados de terror.
Sou desbocada. Falo das minha intimidades com muita facilidade. Talvez seja por isso que alguns me amam, e vários me odeiam.
Eu já tentei, juro, segurar. Mas não consigo, eu falo.
Falar, falar e falar, e quando não estou falando, estou escrevendo, escrevendo e escrevendo.

Seu ódio me fere.
Seu ódio te mata.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Precisa ter dom para ser moça. Eu não tenho.
Eu não sei me definir, gostaria de achar um jeito pra dizer que bato de frente, de igual pra igual, que não me anulo, que não sou sombra, nem rival, mas não de forma violenta, e sim, de forma amável.
Mas não sei expressar isso. Dane-se.
Enfiam o dedo no nosso ego, e a gente se cura.
Ego.
Quem o acarícia, também cospe.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Me diz onde vende a droga mais pesada que existe.
Onde está o tarja preta mais forte.
Me fala onde eu consigo a garantia da vida.
Onde vocês compram a pílula mais destrutiva.
Me fala onde é, eu pego o primeiro trem, eu vou andando, eu vou correndo. Eu vou.
A tendência de gostar do que não presta.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

domingo, 1 de setembro de 2013

Se pudesse, jogava tudo pro alto.
Curava minha ferida, largava minha vida e começava outra.
Bem longe, longe de mim.
Sou destrutiva, meu problema sou eu.
O mundo é terra de ninguém.
A ferida no peito, só minha.
Ninguém vai sarar. Não sara sozinha.
O perdão sara. Faz sumir.
É, eu sei que não existe receita pra felicidade.
Mas perdoar os que te destruíram é um bom começo.
2013: um furacão de malditas mentiras.

sábado, 31 de agosto de 2013

Quando nova, eu criei um futuro muito óbvio pra mim.
Eu tinha milhares, centenas de sonhos, e os escrevia nos cadernos da escola.
Mas tinha uma obsessão em ser notada tamanha era minha vontade de com isso encontrar a verdadeira liberdade, porque na minha cabeça, incomum para uma garota da minha idade, ser notada me daria o direito de ser quem eu quisesse.
Eu cresci.
E centenas de acontecimentos foram transformando meus sonhos em pó. O que vezes acho bom, vezes acho ruim. Não tenho certeza sobre isso.
Mas a minha vontade de liberdade só cresceu dentro de mim, e de um dia pro outro explodiu. E o que eu achei que me levaria ao céu, me levou ao inferno.
Quando conversava com as pessoas sobre isso, poucas entendiam de fato, o que é ser prisioneira da vontade de ser livre. Depois aprendi que, não faz sentido tentar falar com pessoas que nunca sentiram essa vontade, porque elas não fazem ideia do que é procurar conforto e não achar.
Alguns julgam o que me tornei, exposta demais para a maior parte das pessoas que vivem mascaradas para conseguir sobreviver. Eu penso nisso como uma prisão triste. Eu me exponho, porque algo na minha cabeça diz para eu ser assim, então que seja, eu aceito.
Eu penso em tudo que planejei, e praticamente nada aconteceu, chega a ser engraçado o modo que a vida nos empurra para outros lugares, e eu deixei que ela me levasse pro lugar mais escuro que se possa estar. 
Porque a mesma obsessão que eu tinha de ser livre, de ser eu em todas as situações, foi a mesma obsessão que me fez cair.
Mas, mesmo assim, não me imagino sendo outra pessoa, sendo de outra forma, vivendo outra vida, porque tudo isso sou eu, mas é confuso porque não quero pertencer a ninguém, e quero que me possuam, eu não quero nada, mas quero a liberdade de querer e ter tudo.
Parece que passamos a vida inteira procurando alguém que nos entenda, eu já achei, tenho amigos que mesmo não podendo mais fazer nada por mim, ainda me escutam, me ouvem chorar, o que já é suficiente, porque eles fizeram de tudo, tudo o que estava ao alcance deles para me salvar, e foram eles que me sustentaram durante meses, mas, chega uma hora que sabemos que só nós podemos nos ajudar, e é a parte mais difícil quando se tem a certeza que você é uma puta de uma louca, vezes descontrolada, vezes autêntica demais pra maioria das pessoas, mas também penso que, independente do que eu consiga comigo mesma, eu não tenho nada a perder e nada a ganhar, então eu preciso tentar.
Tentar viver da forma que eu queria ser lá atrás, fazer da minha vida algo lindo, me encher de experiencias que me façam feliz, mesmo sendo sofrido. Eu não acredito no que sou hoje, mas, acredito no que quero ser.
E quando entro em guerra comigo mesma, eu me lembro que estou de alguma forma criando e me tornando quem eu sempre quis ser: Eu.
Você já pensou nisso? Que talvez você não vive o que gostaria de viver?
Eu não, eu faço, eu rio, eu choro, eu grito, eu morro, e eu volto. Porque quando não me permitem ser o que quero, eu crio uma forma de ser, eu quebro as regras, não por rebeldia, mas por ter direito a isso.
E ao final, a liberdade é ter o que queremos muito, e depois perder. Isso é ser livre.







Por mais estúpido que pareça, tive uma ideia genial. 
Sempre que eu estiver no fundo do poço, me sentindo um lixo, a mais feia do universo, a mais burra de todo o mundo, o resto, o pó, o nada, a pior, a mais ridícula, a mais destruída. Com os olhos inchados de tanto chorar. 
Vou tirar a única força que me sobra para levantar da cama e passar um batom vermelho, assim, se por acaso passar em frente á um espelho em casa, ou refletir em algum lugar na rua, pensarei: Sim, estou na merda, mas continuo diva. 

Post dedicado a: Marilyn, Amy, Nico, Judy Garland, Billie Holiday, Carmen Miranda, Jacqueline Kennedy, Maria Callas, Liz TaylorBetty Davis, Rome Scneider  Ava Gardner, Diana e Edith Piaf. <3

EIDER

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Tem gente que me chama de louca e acham que estão me ofendendo.
Muito pelo contrário, sendo louca, faço o quero e ninguém se surpreende mais.
E digo pra vocês, é muito bom ser louca. Deus que me livre ser normal.
Te passam a perna, você se segura no equilíbrio e Deus te segura pela mão.
As mentiras ficam martelando na minha cabeça. As falsas palavras ficam me cortando.
Eu chego a olhar pra Deus e o culpo por tanta merda de uma vez só. Me perdoa Deus, me perdoa, porque sempre me arrependo de pensar assim.
Mas querem que eu caia, aviso: eu não vou cair de novo, não vou voltar pra estaca zero, nem que pra isso eu precise tirar forças da onde não tenho. Como farei? Não sei, de verdade.
Só sei que, me recuso, eu me recuso a não ser eu.
Pra sempre verdadeira, pra sempre sincera, pra sempre exposta. Nasci assim.
Vai, pode tirar todas as minha lágrimas, todos os meus sorrisos, mas meu caráter ninguém tira.
Eu amo meus amigos, eu amo minha família, eu amo o meu Deus.
E que Deus me ajude.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Acham que eu tenho tudo.
Eu posso, porque não sei ceder, não aceito um não com facilidade. É meu defeito, minha qualidade.
Eu posso ser o que você quiser, porque sou uma mulher romântica disfarçada.
Meus sonhos estão bem longes agora, no momento não enxergo nenhum, não consigo vê-los realizados.

Eu quero queimar meus pensamentos, quero vê-los morrendo. Quero que eles sejam roubados, que sumam daqui.
Vocês não pensam nisso? Em outra vida que poderiam ter tido?
Tudo porque você, querido, quer me ver cair.

Jé me deram remédio para ansiedade, remédio para depressão, remédio para o medo, remédio para gripe, remédio para enxaqueca, remédio para dor, remédio para enjoo, remédio para asma, remédio para tudo.
Mas não, não há remédio para as memórias.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cavalheirismo da pobre: o boy segurar a porta do trem pra você. Aconteceu comigo ontem e me sentir a Rainha Elizabeth.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Faz 8 meses que estou em tratamento de transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e depressão. Fiquei o semestre passado afastada da faculdade, fiz todos os trabalhos sozinha de casa, esse semestre estou fazendo com muita dificuldade minha monografia, mas ok.
Tive várias convulsões, resultado dos remédios que estou tomando, que por acaso troquei 5 vezes porque nenhum funcionava, e hoje, mesmo tomando a dose mais forte de calmante, tenho insônia todas as noites.
Estou toda machucada fisicamente por causa das convulsões, e toda machucada psicologicamente. Não é fácil se perder dentro de você e não ter uma resposta pra tudo que está acontecendo.
Fiquei 3 meses sem sair de casa, saía apenas para ir á psicóloga e ao psiquiatra. Fiquei dias na cama sem nem tomar banho, emagreci 11 quilos. Tive problemas com auto mutilação. Que também não entendo por que o fiz.
Enfim, hoje faz 2 meses que voltei a trabalhar, e isso tem me ajudado muito, pois me faz sentir que sou produtiva, mas isso não quer dizer que estou curada, é um processo demorado e dolorido.
E deve ser muito fácil conviver comigo quando estava bem, sempre de bom humor, sempre com alguma piada sarcástica, sempre com um sorriso no rosto. E deve ser difícil conviver comigo quando estou no fundo do poço, é mais fácil apontar o dedo na minha cara, me chamar de mentirosa, de aproveitadora e de fraca. Depois virar as costas e ir embora, como se nada tivesse acontecido.
Eu nunca mais serei a mesma, a dor eu vou superar, mas nunca vou esquecer.
E se for pra falar esse tipo de coisa, é melhor ficar quieto, porque não tem mais espaço dentro de mim pra guardar feridas.
Eu estou tentando viver, e pra quem não sabe o que é acordar e dormir todos os dias chorando não tem o direito de julgar uma dor. Como eu já disse anteriormente, ninguém sabe a dor que o outro carrega no peito.
Desculpa, vomitei um desabafo. Engasguei com as ofensas que ouvi.



sábado, 24 de agosto de 2013

Não importa mais. O que tinha pra viver, foi vivido.
A dor foi sentida, já carrego e pra sempre carregarei a marca de quem não soube o que fazer.
Já me entreguei e tentei voltar atrás. Já estou drogada. Dependente.
Já fiquei louca demais e perdi o controle.
Não faz mais diferença pra mim. Ele já foi embora me julgando também.
Muitos dedos já foram apontados na minha direção.
Já descobri meus amigos. Já entendi que não entendo.
Não faz mais diferença, já foi tudo muito estranho e nada mais me assusta.
Já foi triste demais, já foi doente demais, não faz mais diferença.
Eu já me joguei no mundo e não sei voltar.
Não faz mais diferença. Nada mais.
Meu amor foi interrompido tão rapidamente que não tive tempo de me despedir.
O que sinto é surreal.
Doloroso que mal consigo escrever.
É como se meu corpo estivesse dormindo e só minha alma acordada, fazendo questão de estourar todas as minhas cicatrizes.

Em 15 de abril de 2013.
Eu ia escrever um negócio, mas, ainda não consigo escrever sobre ele.
E então eu não queria ficar feliz.
Calma, eu também não queria ficar deprimida.
Mas tinha medo. Medo de ficar muito feliz, e a queda ser maior. Porque da última vez tinha sido assim.
E mais uma daquelas eu sabia, não ia aguentar.
Fiquei meses pensando em como não ficar muito feliz, mas também não ficar muito triste.
Depois de muito pensar, descobri que sim, esse meio termo pode até existir, mas não pra pessoas como eu. Intensa e destrutiva, carrego isso nas costas, vezes me fazendo bem, vezes me fazendo mal. Mas sou eu.
Conclusão, infelizmente não me entrego pra alegria e felizmente não me entrego pra tristeza.



Verão

Eu odeio o verão.
Mas, odeio mesmo. Nem é pelo calor, que mesmo incomodando, nada que um mini shorts e uma regata não resolvam.
Eu odeio o verão porque ele te obriga a ser feliz. Tem sempre alguém te chamando pra tomar uma. Todo final de semana, todos os lugares estão cheios. Todo mundo sorrindo, e eu morrendo de preguiça.
Sem falar nas festas de fim de ano, o peru, a contagem regressiva e sempre a obrigação de ser feliz.
Eu odeio o verão com motivos, as piores coisas da minha vida aconteceram no verão. E quando se está melancólico o inverno te consola com aquele pensamento de que é melhor ficar em casa mesmo porque está frio.
O verão joga na tua cara que você está perdendo tempo.
Não dá, eu odeio o verão, o verão me deixa triste. E me julguem a vontade.
E então, eu estava chorando na faculdade, coisa que mais fiz em 2013. Como sempre, meu amigo Paulo tentando me consolar, dizendo coisas boas, me falando pra não desistir, que tudo ia passar, e eu continuava chorando e reclamando da vida. Até que, passou uma menina com um sapato com as tiras de cima prateadas e o salto de oncinha. Olhei pro Paulo e disse: vê se não é motivo pra entrar em depressão.
O Paulo disse: aff Débora, até nessas horas você me fala isso, cê é foda, viu.
Começamos a rir, e a tristeza passou.
Devia vir escrito na bula dos antidepressivos: CUIDADO: ou estarás calma como um hippie naturalista, ou estarás louca como uma mulher recém traída.
Eu sou uma mulher romântica disfarçada de mulher fodona.
Meu passado me condena, mas meu futuro me condenará muito mais. Aguardem.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Pra quem consegue atingir o nível mais profundo de melancolia e depressão e ainda assim ser sarcástica, até que posso ser estranhamente normal.
 Então deixamos de colocar a culpa nos outros, aceitamos nossos defeitos e de alguma forma tentamos aprender a lidar com eles sem agredir ninguém.
Enxergamos que nada é em vão, que cada um, da sua forma colhe o que planta, no tempo em que a vida permite. Não cabe a nós definir quando.
Que o tempo machuca mas também cura. Que ele afasta de nós aqueles que nos fazem mal, mesmo quando não entendemos e não aceitamos. Depois agradecemos pelo livramento e por termos sobrevivido a mais uma batalha.
Pra chegar no final e poder dizer: eu não estou morta, apenas machucada.  E sim, estou esperando passar.

Eu tô na contra mão. Resgatando o perdi.
A mesma vida que me derrubou, vai me fazer subir.
Fé.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Amamos corpos, amamos o tangível, amamos o visível.
Está errado.
É amar a alma, amar o que não se vê, amar o que é e ninguém sabe.
Está certo.
Ah, vida, me tire tudo, mas não me tire a capacidade de amar. Eu nasci para amar. Eu amo amar.
Mesmo quando perco minha alma, quando me perco, quando não quero mais, quando quero a desgraça, quando quero o errado, o podre, o feio, o que não presta, mesmo quando quero me estragar, me infernizar, eu amo e me curo.
Eu levanto, e o amor me cura. Eu levanto e amo.

Afinal, deve ser muito chato ser normal. As melhores pessoas que conheço possuem aquele algo que não sabemos explicar, mas que faz deles especiais, e julgados.
As melhores pessoas são aquelas intensas, com fome de vida, com fome de alma. Elas se espalham em tudo que fazem, como se cada atitude fosse um grito.

Talvez eu não saiba lidar.
Talvez eu não saiba lidar com nada.
Talvez eu não saiba lidar com o que sinto pelos outros.
Talvez eu não saiba lidar com o que sentem por mim.
Talvez eu não saiba lidar com a dor.
Talvez eu não saiba seguir em frente.
Talvez eu não seja normal.
Talvez eu seja fraca.
Talvez eu queira desistir.
Talvez eu não sirva pro mundo. Talvez o mundo não sirva pra mim.
Talvez eu não seja forte, como pensei que fosse.
Talvez mais nada, talvez não seja talvez. Talvez seja certeza.
Talvez eu não saiba lidar.
Talvez eu não saiba lidar com nada.
Talvez eu não saiba lidar com o que sinto pelos outros.
Talvez eu não saiba lidar com o que sentem por mim.
Talvez eu não saiba lidar com a dor.
Talvez eu não saiba seguir em frente.
Talvez eu não seja normal.
Talvez eu seja fraca.
Talvez eu queira desistir.
Talvez eu não sirva pro mundo. Talvez o mundo não sirva pra mim.
Talvez eu não seja forte, como pensei que fosse.
Talvez mais nada, talvez não seja talvez. Talvez seja certeza.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Vou seguindo meu caminho, sem ter a mínima ideia de onde vai dar.
Talvez assim seja mais legal, nunca fui de ter certeza. Nas vezes que tive, elas falharam.
Eu não preciso me esconder, porque aprendi a respeitar minha dor, e com ela, meus defeitos.
Vou seguindo meu caminho amando quem eu quero amar. É assim que é ser livre.
Sem cobranças por favor, chutar cachorro morto é covardia, um dia a vida te ensina e você se arrepende.
Você vai assim, disfarçando, mas seu papo não cola mais. Se arruma aí na vida, que eu me arrumo aqui na minha.
Eu vou indo, me apoiando nas paredes, nos postes, nos portões, na alma.
Cada lágrima por um motivo, mas a maioria sem nenhum. Todas sinceras.
A vida é uma bela de uma balela, e só é autêntico quem descobre isso a tempo.
Vai perdendo tempo achando que o amor é substituível.
Não é.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pelo direito de não ser a Mulher Maravilha


Começando que, não tenho super poderes.
Isso faz de mim, de você, de todas nós, mulheres, humanas.
Desde que nascemos já não somos comuns, fato, afinal a vida depende de nós para continuar, mas isso não quer dizer que todas nós somos obrigadas a perpetuar a vida. Tem mulher que não quer e ponto final.
Nós não acordamos horrorosas, acordamos como qualquer ser humano. Cabelo ruim, pele ruim, tudo ruim. Faz parte. Só em novela se acorda maquiada e penteada.
E aí um recadinho pra os homens: o que vocês veem na Playboy pode até ser bonito de se ver, mas não existe.
Sem falar naqueles dias que olhamos para a necessaire e simplesmente não sentimos a menor vontade de nos maquiar. E admito, antes eu ficava com peso na consciência de sair de casa sem delineador e blush, preocupadíssima com a minha cara pálida.
Hoje não, me maquio quando quero, se não, a sociedade que supere minha cara pálida.
E essa polêmica da depilação? Sem comentários, perdemos até a liberdade de nos depilar como nos sentimos confortáveis porque os homens não gostam? Pra mim é tudo viado.

Mas enfim, o que realmente me incomoda é o fato de que NUNCA podemos nos descontrolar. Xingar. Chorar. Gritar. Porque somos taxadas de histéricas e fracas. Enquanto os homens fazem tudo isso e são taxados de machos alfa. Que cansativo.
Precisamos estar perfeitas, unhas feitas, cabelo arrumado, bem vestidas, com um sorriso no rosto porque homem também não gosta de mulher mal humorada. Mais cansativo ainda.

Não somos super heroínas. Somos humanas. Conformem-se ou sumam da minha vida, porque além de tudo isso sou bagaceira.

Agradecida.

domingo, 18 de agosto de 2013

A gente dá uma olhadinha pro céu, faz aquela cara de quem que não quer nada. Mas silenciosamente e desesperadamente clama: Me ajuda aqui, Deus. Senão eu desisto.
Ok, então vamos falar. Quando tive sindrome pânico e depressão profunda e transtorno de ansiedade, fui muito criticada pelas tarjas pretas que comecei a tomar. Troquei de remédio 4 vezes, o que é dolorido, pois um psicotrópico demora no mínimo duas semanas para fazer efeito, enquanto isso, além da doença, vc precisa lidar com os efeitos colaterais.
O problema da má fama dos tarjas preta é a banalização na sua forma de uso, já ouvi relatos de pessoas que tomam fluoxetina para emagrecer, pq ele tira o apetite, já ouvi relatos de mães que dão ritalina para os filhos ficarem menos agitados e darem menos trabalho.
Infelizmente hoje, centenas de pessoas vão ao clínico geral e por estresse, ou cansaço, o médico receita rivotril sem necessidade alguma, pois esses problemas poderiam ser resolvidos com um pouco de atividade física, ou redução no horário de trabalho.
As pessoas não sabem diferenciar tristeza depressão, mudanças de humor, que todos temos com bipolaridade. E estão se.drogando sem necessidade. O que é triste, o que dizer de uma criança que vai crescer.dependente da ritalina? Triste.
Porém, os remédios não são os vilões da história, se existem é porque tem gente que precisa, por experiência própria, fiquei uma semana sem dormir e se não fosse a ajuda de um ansiolítico, ficaria louca.
Já pensei sim, em morrer e se nãoo fosse ajuda de um antidepressivo, talvez o tinha feito.
Por tanto, responsabilidade quando qualquer médico receitar um tarja preta, pense se é realmente necessário. Se for, tome sem culpa, é para o seu bem e ignore os julgamentos ignorantes.
Mas vai ter aquele dia que lembrarei de toda dor, e dançarei um rock pra esquecer.
Vai ter o dia que não vou mais precisar do psiquiatra, mas mesmo assim, meu primeiro pedaço de bolo será pra ele.
Eu vou me lembrar de cada noite olhando pro teto e vou virar pro lado e dormir.
Vou lembrar de cada um que desejou o meu mal, e naturalmente vou amá los.
Vou lembrar de cada olhar de inveja e vou perdoar.
Vou ser eu pra sempre e nunca mais deixarei de ser.
Eu escolhi ser plena.
Não sei se alcançarei tal dádiva, mas a faço de objetivo de vida. 
Que Deus me ajude.
Os verdadeiros loucos apenas são reconhecidos por quem também é.
É a loucura de querer viver cada detalhe com o maior desejo que se pode ter. 
Isso tudo se transforma em tristeza, porque essa busca pela plenitude não adianta, e não falo de uma tristeza convencional, falo daquela que só quem tem se idêntifica.
Ela mora no lado mais sombrio do coração e, de tanto doer, é sempre mal interpretada.
Ah, se vocês soubessem que as melhores pessoas do mundo são essas, não perderiam tanto tempo julgando. Eu que não sei de nada, espero pelo dia que em meio ao meu caos particular, eu possa descansar.
E entre terapia, médicos e drogas com bula, meu melhor remédio sempre foi escrever. 
Não tirem isso de mim dizendo que me exponho de mais. 
Que seja, é minha forma de ser livre.
E o ano vai voando.
Me pego assim, com vontade de desistir. 
Já não posso negar que a decepção me fere como uma faca afiada enfiada no peito. Estou cansada dos dias passando e me desesperando. 
Me desespera saber quem eu sou. Quem voce é. E o que eu não posso ser. 
Meu corpo dói de tristeza vendo o tempo passar assim, injusto, ingrato e infeliz.
Mas meu bem, foi se o tempo em que eu me escondia em falsas promessas de amor para me manter de pé. 
Eu sou uma lutadora e nem que eu passe horas explicando, você seria capaz de entender o que é viver lutando contra uma depressão, contra meus medos mais íntimos e mais vergonhosos, contra minhas fraquezas. 
O amor que sinto por mim não é suficiente, admito, preciso de mais. 
Preciso do colo dos meus amigos, do conforto da minha família e de mais fé. O amor não pode destruir, ele não foi criado para isso. 
Espero que alguém te dê esse recado.
E eu não vou mais pedir perdão pela esperança que dia sim, dia não, não encontro. 
São de dias estranhos, de céu negro, de aperto no estômago que meu ano tem se formado. 
Eu nunca vou baixar guarda e cair de uma vez, mas tem aqueles momentos que demoro dias para levantar, e caio em menos de um minuto. 
Andei tendo uns sonhos malucos, com pessoas querendo me matar.
Me disseram que tenho uma luz própria, que chamo atenção, que atraio invejosos, que pessoas sofrem ao me verem bem, e como dói saber que esse sentimento vem de quem eu amo. Tira meu sono, minha fome, me tira de mim.
Como disse, eu não vou mais pedir perdão por estar perdida, por ter caído no meio do caminho, por não saber explicar minha dor. Mas eu peço, que, por favor, vivam.
A inveja é o veneno que você toma querendo matar o outro.
E o que eu não daria para me livrar desse luto e sorrir a alegria de todo mundo.
Agosto. 
Não dá, eu tentei de todas as formas não contar o tempo. Mas os meses, as semanas, os dias, as horas e sim, os minutos, ficam batendo na minha cabeça, como quem faz questão de te lembrar algo ruim.
Agosto. 
Porque antes eu podia pensar que ainda estávamos no começo do ano e que tinha muito tempo para estar bem ainda.
Porque é agosto, e eu continuo no mesmo lugar. 
É agosto e eu continuo com a mesma dor de janeiro.
Que Deus me ajude. Sou humana demais. Que Deus me ajude.
Eu tenho muito amor. E muita dor. Os dois se juntaram e viraram o que chamam de EU. 
Não finjo. Não escondo. Sou impulsiva, é um defeito, dos grandes.
Falo o que não devo, mas é o que não cabe em mim.
Eu tenho uma dor. Eu tenho um amor.
Não minto.
Não diga que ame alguém pelo o que ela representa. Eu mesma posso representar centenas de coisas. Um estilo. Uma profissão. Uma personalidade. O que quiserem.
Diga que ame pelo o que a pessoa é. Faça um favor à ela e a você.
O que é mais triste do que ser odiada por quem amamos?

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um dia olhei no espelho e pela primeira vez notei meus 9 quilos à menos, minhas olheiras profundas, minha pele àspera, minhas unhas a fazer e meu cabelo cheio de nós. Levei um susto. Por um momento tive dó de mim, mas logo em seguida essa auto comiseração se transformou em dúvidas. Por quê? Por que assim? Por que tão doloroso?
O susto passou, e o que realmente me assustava era a minha alma, destroçada, dolorida, machucada por sei lá o que. 
Eu estava cansada, minha alma pedia ao menos 5 minutos de descanso, talvez assim me recuperaria um pouquinho de tanta dor. Alguns me disseram que era drama, frescura, mas, nem para esses desejo um segundo do que venho carregando à meses. 
Às vezes acho que vou ficar louca, que mais dia menos dia meu coração vai desistir de ser tão resistente. 
Mas lá no fundo, não sei como nem o porque,no pouco que me resta de alma saudável, eu tenho uma certeza: vai passar.