segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Faz 8 meses que estou em tratamento de transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e depressão. Fiquei o semestre passado afastada da faculdade, fiz todos os trabalhos sozinha de casa, esse semestre estou fazendo com muita dificuldade minha monografia, mas ok.
Tive várias convulsões, resultado dos remédios que estou tomando, que por acaso troquei 5 vezes porque nenhum funcionava, e hoje, mesmo tomando a dose mais forte de calmante, tenho insônia todas as noites.
Estou toda machucada fisicamente por causa das convulsões, e toda machucada psicologicamente. Não é fácil se perder dentro de você e não ter uma resposta pra tudo que está acontecendo.
Fiquei 3 meses sem sair de casa, saía apenas para ir á psicóloga e ao psiquiatra. Fiquei dias na cama sem nem tomar banho, emagreci 11 quilos. Tive problemas com auto mutilação. Que também não entendo por que o fiz.
Enfim, hoje faz 2 meses que voltei a trabalhar, e isso tem me ajudado muito, pois me faz sentir que sou produtiva, mas isso não quer dizer que estou curada, é um processo demorado e dolorido.
E deve ser muito fácil conviver comigo quando estava bem, sempre de bom humor, sempre com alguma piada sarcástica, sempre com um sorriso no rosto. E deve ser difícil conviver comigo quando estou no fundo do poço, é mais fácil apontar o dedo na minha cara, me chamar de mentirosa, de aproveitadora e de fraca. Depois virar as costas e ir embora, como se nada tivesse acontecido.
Eu nunca mais serei a mesma, a dor eu vou superar, mas nunca vou esquecer.
E se for pra falar esse tipo de coisa, é melhor ficar quieto, porque não tem mais espaço dentro de mim pra guardar feridas.
Eu estou tentando viver, e pra quem não sabe o que é acordar e dormir todos os dias chorando não tem o direito de julgar uma dor. Como eu já disse anteriormente, ninguém sabe a dor que o outro carrega no peito.
Desculpa, vomitei um desabafo. Engasguei com as ofensas que ouvi.



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