segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pelo direito de não ser a Mulher Maravilha


Começando que, não tenho super poderes.
Isso faz de mim, de você, de todas nós, mulheres, humanas.
Desde que nascemos já não somos comuns, fato, afinal a vida depende de nós para continuar, mas isso não quer dizer que todas nós somos obrigadas a perpetuar a vida. Tem mulher que não quer e ponto final.
Nós não acordamos horrorosas, acordamos como qualquer ser humano. Cabelo ruim, pele ruim, tudo ruim. Faz parte. Só em novela se acorda maquiada e penteada.
E aí um recadinho pra os homens: o que vocês veem na Playboy pode até ser bonito de se ver, mas não existe.
Sem falar naqueles dias que olhamos para a necessaire e simplesmente não sentimos a menor vontade de nos maquiar. E admito, antes eu ficava com peso na consciência de sair de casa sem delineador e blush, preocupadíssima com a minha cara pálida.
Hoje não, me maquio quando quero, se não, a sociedade que supere minha cara pálida.
E essa polêmica da depilação? Sem comentários, perdemos até a liberdade de nos depilar como nos sentimos confortáveis porque os homens não gostam? Pra mim é tudo viado.

Mas enfim, o que realmente me incomoda é o fato de que NUNCA podemos nos descontrolar. Xingar. Chorar. Gritar. Porque somos taxadas de histéricas e fracas. Enquanto os homens fazem tudo isso e são taxados de machos alfa. Que cansativo.
Precisamos estar perfeitas, unhas feitas, cabelo arrumado, bem vestidas, com um sorriso no rosto porque homem também não gosta de mulher mal humorada. Mais cansativo ainda.

Não somos super heroínas. Somos humanas. Conformem-se ou sumam da minha vida, porque além de tudo isso sou bagaceira.

Agradecida.

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