sábado, 30 de novembro de 2013

Então fui tomada por um sentimento de gratidão até então nunca sentido. Talvez porque quando criança, minhas férias eram no mato. Na roça. No meio da plantação de café e em meio as roseiras da minha vó. Pegar uma fruta do pé sempre foi algo natural, sempre fez parte. Mas hoje me enchi de gratidão por ter a oportunidade de ver uma semente transformando-se numa bananeira. Em sair daqui com a árvore seca e voltar e vê-la repleta de mangas maduras.
Isso começou na praia, semana passada, olhei pro mar de forma diferente imaginando quem estaria lá do outro lado olhando em minha direção. Nunca havia parado para pensar nisso, talvez porque nas outras vezes estava mais preocupada em fugir do sol.
Aqui em Minas sempre achei sensacional poder ver as estrelas, coisa que infelizmente não existe na minha amada São Paulo, mas, olhando hoje, as olhei de outra forma. Que lindos são esses pontinhos brilhantes no céu. Do que são feitas as estrelas? Cheguei a pensar que são as pontinhas dos dedos de Deus cutucando a vida das pessoas.
Até me mesmo o odiado capim me surpreendeu, como cresce rápido. Nunca tinha reparado.
E a roseira da minha vó que mesmo ficando meses sem cuidados não morre. Sempre que chego, tem uma rosa para me recepcionar.
A perfeição existe naquilo em que o homem não pode modificar, como as estrelas ou o capim.
A gratidão é surpreendente e eu não troco ela por nada.
Deus me carregou no colo em todo tempo em que desacreditei.

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