segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A gente já nasce mascarado. Não sei como, já pensei e tentei arrumar justificativa, mas não encontrei.
É questão de sobrevivência, dizem. Você é falso, eu sou falsa. Nossas roupas, nossos sapatos, nossos olhos, nossa pele, nossa faculdade, nosso trabalho, nosso cabelo, nossas mãos, nosso sorriso e nosso choro, são de plástico.
Um dia, não importa quanto tempo demore, a vida faz a máscara cair e nos dá a escolha de colocá-la ou seguir sem ela pra sempre sem volta e sem súplica.
Desesperadamente escolhemos ficar com ela. Porque um segundo de realidade é angustia.
Não que esteja livre das plastificações da vida, tenho várias fisicamente e mentalmente também, mas, um dia que nem faz tanto tempo assim, eu tirei a máscara. Caí em dor.

Mas quem me vê percebe, ela pode tudo agora que já não tem mais jeito.


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