domingo, 20 de abril de 2014

A linha tênue entre a liberdade e a fuga.

Clarice disse que liberdade é pouco, e que queria o que ainda não tinha nome. Eu concordo, não existe nome pra grandeza da liberdade que sinto, vezes acho que não vou suportá-la. Mas ela era Clarice, né?
Liberdade se conquista, se trabalha para ter. Aprendi isso com a Danuza Leão, ela diz que não há nada melhor do que fazer o que gosta para poder ter o que gosta. Isso é ser livre.
Auto escolha. É poder se isolar, encarar a solidão, sem nada e ninguém, e ser apenas, você.
Assumir quem você é para o mundo é mais fácil do que assumir para você mesmo, mas é o que te dá a liberdade de sim, fazer o que quiser. Sente-se com você mesmo, converse e bagunce tudo que até então você acreditava ser.
Isso não quer dizer que jogar tudo pro alto e ir sem olhar para trás é uma ótima opção, se isso for opção, já te torna um escravo dela.
É preciso primeiramente se livrar do que você pensa que é.
É preciso estar livre de si, para se livrar do resto, são aquelas coisas simples que parecem complicadas. Mas só parecem complicadas porque o ser humano tem uma incapacidade absurda de assumir suas fraquezas e defeitos e preferem a fuga. Fugir é mais fácil.

Liberdade é encarar suas obrigações e poder colher os frutos de ser livre sendo você.
É assumir sua alma escurecida pelo tempo, aceitar as lágrimas, o trabalho, a vida, você.

Liberdade é dividir-se entre você e a solidão e mesmo assim, ser.
Auto escolha, no tempo que quer.
De nada adianta fingir ser livre.

O que te prende nem sempre é um chão.



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