sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Eu não gosto das sextas feiras. Existiram dias que eu gostava. Hoje em dia elas servem para deixar num estado de solidão profunda. Talvez um dia isso mude, e eu passe a odiar as segundas feiras, como todos.
Há muito tempo não ficava sozinha em casa, hoje, aqui na varanda, eu sentei para esperar o sono, que sempre me vem atrasado e coloquei uma música para tentar mudar um pouco o cenário. Mudou, está chovendo e as únicas luzes que brilham são as do Natal. Que ideia estúpida, sentar na varanda a noite, com chuva e em época de Natal. Enfim, agora já foi.
Mas ainda sobre o dia, me ocorreu algo diferente, conversei com um dos meus melhores amigos, aqueles que mesmo depois de meses, continuam o melhor amigo.
Nós discutimos sobre ignorar a opiniões dos outros, e eu enchi a boca para dizer que não me importo. De fato, não estou nem um pouco preocupada com o que conhecidos falam, pensam de mim, ex colegas da faculdade, pessoas que só passaram por mim, não me importo. Eles não sabem nada sobre mim.
Mas caí na questão do que será que as pessoas próximas pensam, julgam, e sim, é difícil lidar com uma possível decepção vinda de quem você ama, de quem faz tudo por você. Percebi que pequenos segredos guardados precisam ser mostrados e encarar as dores que isso pode me causar.

Não é pelos remédios, pelos cigarros, pelas frustrações.
É porque hoje eu entendi, que o julgo só serve de mim para mim. Ninguém pode me julgar, apontar o dedo, gritar comigo, porque tudo que eu fiz e faço, é porque quero, até mesmo quando me questiono como conseguir chegar tão baixo.

Hoje foi um dia importante, me declarei culpada e agora posso me perdoar. Somente eu, mais ninguém.


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