domingo, 19 de outubro de 2014

E por um instante, tenho vergonha de mim. Eu sei, perdi algumas batalhas. Foram e são muito visíveis, às vezes enxergam que estou morta. Mesmo dando todo meu oxigênio, morro a procura de uma solução que não existe. Você já procurou algo mesmo sabendo que não existe? Dói um pouco.

Me perguntam o que eu tanto busco. Eu não sei, eu só preciso ir, só preciso pedir para me deixarem ir sozinha, pedir para ninguém me seguir, é um caminho em que se perde facilmente, e, quando eu achar que devo, volto.

É só uma busca sem convicção, e pensar nisso me faz bem sempre que lembro que a dor é uma obrigação sem classificação. Ela existe e somos obrigados a senti-la, para então, julga-la e cura-la.

Eu sou só mais uma que não quer sobreviver, e sim, viver.
Eu sou só mais uma que foi jogada para longe.
Eu morro várias vezes. Todos os dias.
Mas como eu disse, eu perco muitas batalhas, vezes sim, vezes não, me canso de lutar, mas então me lembro que ainda venço de vez em quando.
Não é possível que só eu sei que o mundo é um monstro e mesmo assim, continuo lutando.

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