quarta-feira, 26 de março de 2014

E um dia, vou invadir seu quarto, ou o quarto dela. Não importa.
Não vou entrar pela porta, pois sei quando não sou bem vinda. Vou quebrar as janelas.
Nós vamos sair, e rir, juntos. Vou te puxar pela mão para descer a Augusta. Você vai me abraçar forte, como uma mãe urso protegendo seus filhotes. Você embaixo de mim, vai dizer que me ama, no sofá, vai dizer que nunca amou ninguém assim, com tanta força. Vamos fugir da aula e procurar uma sala vazia na faculdade, e lá, vamos nos amar.
Vamos no seu emprego para você me apresentar à todos seus colegas, você tem orgulho de mim.
Eu vou sorrir pra você o meu sorriso mais sincero.
Então você acorda e não entende porque o meu rosto está latente nas suas retinas. Vai ver que a janela está quebrada e que talvez, o vento, te acordou. Vai tentar dormir de novo, e vai conseguir, mas será agitado, como eu.
No dia seguinte irá lembrar de forma atrapalhada da minha invasão. Vai passar o dia com o meu rosto na memória. E depois, vai esquecer. Esquecer o que já havia esquecido.
E eu vou lembrar. Nesse texto todo desconjuntado no ontem, hoje e amanhã. Eu vou lembrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário