sexta-feira, 21 de março de 2014

Um ano. E eu, de verdade, não sei como cheguei aqui. 
Estou organizando minhas humildes crônicas que escrevi nesse primeiro ano de tratamento contra a depressão. 
Me lembro da necessidade que tinha/tenho de ler algo que falasse a minha língua, que falasse minha loucura, minha dor. 
Algumas vezes postei aqui e entre milhares dizendo que eu estava me expondo demais, tinha um ou outro me agradecendo por inbox por eu ter vomitado minha angústia no computador, porque, de alguma forma, eles precisavam ler algo que mesmo doendo, fosse verdade. Não há espaço para mentiras na depressão, tudo é extremo. Extremamente verdadeiro.
Faz um ano e eu tenho mais de 365 textos porque havia dias com 72 horas, como havia dias só com 2 horas.
Eu quero que alguém leia o que escrevi na hora certa. Momentos de loucura são rápidos, mas, fatais.
Parece que foi ontem e eu ainda estou escrevendo.
Me expor é o menor dos meus defeitos.

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