sexta-feira, 3 de abril de 2015

Faz tempo que não escrevo, e isso não quer dizer que não venho pensado no que sou.
É páscoa e pra variar está passando A Paixão de Cristo na TV.  Sempre choro nesse filme, af.
Quem me conhece de uns 5 anos pra cá não sabe, mas cresci dentro de uma igreja evangélica, mesmo depois que saí por não concordar com o que era pregado, por não concordar com as mentiras, enganos e pela manipulação que vai contra o que Cristo pregava que é o de amar á todos como a ti próprio, e sim amar o dinheiro e foda-se todo mundo, sou cristã. Tenho fé, acredito em Deus e em Cristo.  E também não vou generalizar pois seria uma tremenda burrice da minha parte, existem templos cristãos fazendo o bem, pastores com um bom coração preocupados em levar amor e não a pegar dinheiro. Toda generalização é burra. E me irrita quando colocam todos os pastores e igrejas no mesmo balaio.

Meu pai é pastor. Eu cresci indo com ele em comunidades e lugares de descanso para os mendigos para levar sopa ou cachorro quente que minha mãe fazia. Não tenho nenhum brinquedo da minha infância, porque desde sempre o desapego foi ensinado à mim. Passei natais, dia das crianças e afins fazendo kits com doces e brinquedos com minha mãe para levar pras crianças. Mas, mais que isso, meu pai sempre esteve ao lado desses excluídos e depois que ele também parou de frequentar a igreja, ele continuou por sua conta o trabalho social até hoje.

Cresci com todos os mendigos de Santo André cumprimentando meus pais na rua.
Meu pai nunca roubou ninguém, aliás, meu pai foi roubado.
Vou contar um segredinho pra vocês, se você frequenta uma igreja, estuda a bíblia, torna-se pastor mas não entra no joguinho deles, eles te roubam também. Em todos os sentidos.
Tenho muito orgulho do homem que meu pai é, da nobreza do seu coração, e me inspiro para ser assim também.

Por isso, não digam que todo pastor é ladrão, que não presta, que são mentirosos. Existem, poucos, mas existem os de bom coração que não merecem estar nesse balaio de salafrários e golpistas.

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