segunda-feira, 8 de julho de 2013

É tudo culpa do imediatismo. 
Nasci nessa geração, louca, doente, viciada em soluções rápidas.
Sms na hora, messenger na hora, nem o email presta mais, tem que ser na hora, tem que ser no whatsapp.
É tudo culpa do imediatismo, que não me deixa pensar.
Que me faz achar a vida deve me responder na mesma velocidade que me respondem no celular.
É culpa dessa sensação de querer tudo pra ontem, de não saber esperar pra ver no que vai dar.
Não sei esperar, não gosto de esperar, tenho a doença da pressa.
Ando no shopping correndo, como se estivesse atrasada pra algum compromisso inadiável, mas não tenho, só estou passeando, mas, quero chegar em casa logo sei lá pra que. É uma doença.
Quero que as dúvidas da minha cabeça sejam solucionadas agora, quero que o destino me mostre o que vai acontecer agora, não quero esperar, não consigo esperar. Pura aflição
Quero sim, ver no que vai dar, mas, quero ver hoje, nesse minuto, nesse segundo.
Mas não posso. A vida corre sim, é verdade, mas nunca no nosso tempo, existe alguma coisa que atrapalha, porque eu e minha vida nunca estamos em harmonia de acordo com nossos horários, ou ela manda antes, ou demora pra mandar.
Nessas eu penso que vou explodir, e algumas vezes explodo. E firo. Firo os que estão à minha volta e firo a mim mesma.
É tudo culpa do imediatismo, que me faz achar que a vida tem que ser igual ao meu whatsapp.

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