Minha história com a literatura começou cedo. Minha irmã, dois anos mais velha que eu tinha como atividade da escola ler o livro Senhora, de José de Alencar. Assim que ela terminou, sem pensar duas vezes, devorei o livro, que até hoje guardo um carinho especial por ter me proporcionado enxergar um mundo que desconhecia. Depois, quando chegou a minha vez na escola de ler A Senhora, fiquei me achando, com o ego do tamanho da escola por já tê lo lido. Desde então lia todos os livros que eram passados, e não conseguia entender como a maioria da sala lutava por um resumo só para não ler os livros. Fui de A Carne até o Auto da Barca do Inferno.
Mas meu grande dia, foi na sétima série, quando uma professora, que infelizmente não lembro o nome, passou para nós, na sala de vídeo o filme A Sociedade dos Poetas Mortos. Fiquei vidrada, queria fazer parte do fime e gritar: Oh Capitan, My Capitan!
Bateu o sinal e todos sairam correndo da sala para ir embora, mas, o filme ainda não tinha terminado. A professora percebeu que eu não poderia ir para casa sem ver o final do filme, e, gentilmente se ofereceu para ficar comigo na sala até que o filme terminasse.
Terminou, e desde daquele dia percebi que existia algo chamado imaginação, e que em certos momentos só ela pode nos salvar.
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